Domingo, 19 de Maio de 2024

Home Rio Grande do Sul Desastres naturais, como chuvas no Rio Grande do Sul, custaram mais de R$ 105 bilhões ao País; RS prioriza resgates

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As fortes tempestades no Rio Grande do Sul têm deixado um rastro de destruição com mais de 80 mortos e milhares de pessoas afetadas. Além das vítimas, o resultado mais grave da tragédia, desastres naturais trazem uma onda de prejuízos. Nos dias e semanas seguintes, são contabilizados os efeitos da destruição de moradias, equipamentos públicos e da produção econômica nas regiões afetadas.

Em todo o ano passado, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões ao Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Os dados foram levantados por meio do que Estados e prefeituras relataram ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres S2iD, plataforma do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

Em 2023, os desastres afetaram 37,3 milhões de brasileiros, deixando 126,3 mil desabrigados, 717,9 mil desalojados e 258 mortos.

O setor privado arcou com 69% do prejuízo – R$ 72,6 bilhões. Os prejuízos públicos somaram R$ 23,8 bilhões (22,6%) e houve ainda danos materiais de R$ 8,8 bilhões (8,4%).

As secas representaram 51% do total, com prejuízo de R$ 53,7 bilhões. Já as chuvas deixaram danos de R$ 51,4 bilhões (48,7%).

De janeiro a dezembro, foram decretadas 6.322 situações de emergência, sendo 50,3% devido às chuvas. O Sul teve 33% dos decretos, seguido pelo Nordeste com 29,8%.

A agricultura foi o setor econômico mais afetado, com prejuízos de R$ 53,6 bilhões, enquanto a pecuária perdeu R$ 15,3 bilhões.

Os prejuízos com abastecimento de água potável foram de R$ 10,8 bilhões, com obras de Infraestrutura foram R$ 3,9 bilhões e com habitação somaram R$ 3,5 bilhões.

Uma das principais catástrofes climáticas do ano passado também ocorreu no Rio Grande do Sul, quando a passagem de um ciclone extratropical acompanhado de chuvas deixou 54 mortos e destruiu várias regiões, sobretudo a do Vale do Taquari.

A CNM estima que, do dia 29 de abril até a última sexta-feira os prejuízos ao Estado gaúcho tenham atingido a cifra de R$ 275,3 milhões. O governador Eduardo Leite disse que o Estado “vai precisar de uma espécie de Plano Marshall de reconstrução”.l

Há registro de barragens rompidas, estações de tratamento de água avariadas, estragos em pontes e estradas e comprometimento de estruturas antienchente (como o dique de São Leopoldo, na Grande Porto Alegre, que extravasou.

Além de trazer prejuízos às áreas afetadas, com a necessidade de reconstrução de estruturas e de moradias, as perdas financeiras drenam verbas para a prevenção de novos desastres e salvar vidas. Entre as estratégias destacadas por especialistas, estão investir em tecnologia de previsão do tempo e alerta, obras de contenção de encosta e remoção de moradores de áreas de risco.

Pesquisa realizada pela CNM com 3.590 dos 5.568 municípios brasileiros (64,5%) mostrou que 60% deles não têm sistema de alerta móvel ou fixo para desastre e que outros 33,7% utilizam o meio de comunicação digital para alertas, como é o caso dos municípios do Rio Grande do Sul.

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