Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de agosto de 2025
A Justiça gaúcha rejeitou processo movido por Andressa Urach para que a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) devolva os mais de R$ 2 milhões que a modelo e influenciadora calcula ter doado à instituição. Ela relata ter entregue dinheiro e veículos em uma fase de sua vida marcada por abalos físicos e psicológicos. Ainda cabe recurso.
Na decisão da 13ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, porém, a juíza responsável sublinhou não haver provas de que as contribuições tenham sido realizadas sob coação ou “lavagem cerebral”, conforme argumenta a autora. A modelo foi uma fiel religiosa da Iurd de 2014 a 2020, quando saiu alegando ter se decepcionado.
Andressa, natural de Ijuí (Noroeste gaúcho) e que completará 38 anos em outubro, relatou ter sido forçada moral e espiritualmente a fazer as “ofertas” (como são chamadas as doações em cultos evangélicos). Mas a magistrada ponderou que a adesão da modelo à Iurd foi “consciente e convicta” a ponto de resultar em no livro autobiográfico “Morri para Viver” (2015), que fala da conversão ao pentecostalismo.
“O eventual arrependimento posterior, motivado por mudança de fé ou por dificuldades financeiras supervenientes, não tem o poder de retroagir para invalidar atos praticados de forma livre e consciente no passado”, pontuou a juíza.
Mencionando liberdade religiosa e o perfil voluntário das contribuições que recebe dos fiéis, a Igreja Universal do Reino de Deus havia solicitado o arquivamento do processo, no que foi atendida. Mas ainda cabe recurso à modelo, que considera o seu caso um “estelionato de fé”.
Em postagem na sua conta da rede social Instagram, Andressa classificou a decisão como injusta e prometeu esgotar todas as possibilidades de apelação. “Vou recorrer até a última instância”, escreveu.
No Ar: Pampa Na Tarde