Sábado, 27 de Abril de 2024

Home em foco Dois anos após a fusão entre DEM e PSL resultar no União Brasil, o grupo egresso do antigo DEM passará a dominar o partido

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A Executiva Nacional do União Brasil elegeu a chapa liderada por Antônio Rueda para assumir o comando do partido até 2028. O ex-prefeito de Salvador (BA) ACM Neto será o vice da legenda na nova composição. Com isso, o grupo egresso do antigo DEM passará a dominar o diretório nacional do partido.

O pleito, que só deveria ocorrer em maio, foi antecipado em meio a um conflito aberto entre Rueda, então vice-presidente do partido, e o presidente Luciano Bivar. Bivar não participou do processo eleitoral e promete contestar o resultado – foram 30 votos a zero. Os novos dirigentes tomarão posse no dia 1º de junho.

O União Brasil é o terceiro partido mais poderoso da Câmara dos Deputados, com um total de 59 membros. A sigla também conta com sete senadores, quatro governadores e dois ministros de Estado.

Novo diretório

Outros grupos com peso na nova direção são o do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, o do deputado Fernando Coelho Filho (PE), o do líder do partido no Senado, Efraim Filho (PB), o do presidente do partido em São Paulo, Milton Leite, e o do senador Davi Alcolumbre (AP), favorito para presidir o Senado a partir de fevereiro de 2025. Todos eram dirigentes do DEM antes da fusão. Há ainda nomes históricos do partido, como o dos deputados Mendonça Filho (PE) e Pauderney Avelino (AM) e do ex-senador José Agripino.

Do antigo PSL também irão compor o novo diretório os deputados Felipe Francischini (PR), Antonio Carlos Nicoletti (RR) e Fabio Schiochet (SC), o ministro do Turismo, Celso Sabino (que é deputado federal licenciado pelo Pará), o senador Márcio Bittar (AC) e o governador de Rondônia, “coronel” Marcos Rocha.

Inversão de tamanho

O peso do DEM dentro do União Brasil contrasta com o tamanho dos dois partidos pré-fusão. O PSL vivia um processo de esvaziamento com a saída da ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje no PL, mas possuía (antes das desfiliações) 54 deputados federais e 2 senadores, além da maior fatia de fundo partidário e tempo de propaganda na TV.

Já o DEM passou pela quase extinção nos governos do PT e tinha ressurgido ao presidir a Câmara e Senado ao mesmo tempo durante as gestões Maia/Alcolumbre. Mas, ainda assim, tinha apenas 28 deputados e 6 senadores na época da fusão.

Dois anos depois, será o grupo do DEM, antigo Arena durante a Ditadura Militar e PFL após a redemocratização, que passará a ter a maioria dos votos no novo partido – que hoje conta com 59 deputados federais, sete senadores, dois ministros de Estado e quatro governadores.

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