Terça-feira, 11 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de novembro de 2025
O dólar fechou em queda de 0,64% nesta terça-feira (11), cotado a R$ 5,2727 — menor nível desde 6 de junho de 2024, quando encerrou em R$ 5,2498. Já o Ibovespa avançou 1,60%, aos 157.749 pontos, alcançando seu 12º recorde consecutivo.
Investidores reagiram com otimismo à ata do Copom e ao IPCA de outubro, que ficou abaixo do esperado. Com isso, cresceram as apostas em cortes de juros em 2026 e a procura por ativos brasileiros, impulsionando o Ibovespa e derrubando o dólar. No exterior, o foco foi o possível fim do shutdown nos EUA — fator que elevou o apetite por risco e favoreceu mercados emergentes.
A ata do Copom reforçou que o Banco Central está mais confiante de que a taxa Selic em 15% ao ano é suficiente para controlar a inflação. O texto aponta que os juros devem permanecer nesse patamar por um período prolongado, mas o mercado projeta cortes em 2026.
Segundo o documento, a inflação recente tem se mostrado mais favorável, refletindo o câmbio valorizado e a queda nas commodities e nos alimentos. Ainda assim, a demanda aquecida e o mercado de trabalho resiliente seguem pressionando os preços, ponderou o Copom.
O IBGE informou que o IPCA de outubro subiu 0,09%, desaceleração de 0,39 ponto percentual frente a setembro, quando avançou 0,48%. Foi a menor taxa para outubro em 27 anos, o que levou a inflação acumulada a 3,73% no ano e 4,68% em 12 meses.
Nos Estados Unidos, a paralisação do governo (shutdown), que já dura 42 dias, pode estar perto do fim. O Senado aprovou uma medida provisória de financiamento, com apoio de democratas centristas, para tentar encerrar o impasse.
“Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados fecharam sem direção única, com investidores preocupados com a valorização excessiva das ações de tecnologia. Ao mesmo tempo, o clima foi de expectativa em torno do fim da paralisação do governo, que já dura mais de 40 dias.
Por lá, dados de emprego da ADP mostraram que, nas últimas quatro semanas até 25 de outubro, empresas privadas cortaram em média 11.250 empregos por semana, o que também contribui para o clima de cautela.
O índice Dow Jones atingiu um novo recorde de fechamento após subir 1,18%, aos 47.927,96 pontos. O S&P 500 avançou 0,22%, aos 6.847,36 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 0,25%, aos 23.468,30 pontos, influenciado pela queda de quase 3% nas ações da Nvidia.
Enquanto isso, as bolsas europeias fecharam em alta, dando continuidade ao movimento positivo da véspera. O bom desempenho foi impulsionado por balanços corporativos e dados econômicos locais, além da expectativa de que a paralisação do governo americano esteja próxima do fim.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,15%, encerrando o dia em 9.899,60 pontos e renovando seu recorde de fechamento. O STOXX 600 avançou 1,33%, aos 580,41 pontos.
Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,53%, aos 24.088,06 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, ganhou 1,25%, aos 8.156,23 pontos.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Na China, investidores realizaram lucros em meio à ausência de novos fatores que impulsionem os negócios. Analistas projetam crescimento de 4,5% para a economia chinesa em 2026, com exportações em queda e o setor imobiliário ainda em desaceleração.
Em Hong Kong, a fabricante de veículos elétricos Xpeng teve forte valorização após anunciar novos modelos de robotáxi com testes previstos para 2026.
O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 0,14%, fechando em 50.842 pontos. Em Xangai, o SSEC recuou 0,39%, a 4.002 pontos, e o CSI300 perdeu 0,91%, a 4.652 pontos. Já o KOSPI, de Seul, subiu 0,81%, a 4.106 pontos.
Em Taiwan, o TAIEX caiu 0,30%, a 27.784 pontos, enquanto o índice Straits Times, de Cingapura, avançou 1,20%, a 4.542 pontos.