Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2025

Home Economia Dólar fecha a R$ 5,48 e termina o ano com a maior queda em quase uma década

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Depois de entrar em 2025 sendo vendido a 6,17 reais, o dólar sai do último pregão do ano valendo 5,48 reais. A queda acumulada de uma ponta a outra é de 11,2%, a maior desde 2016. Na sessão de terça-feira (30),a última do ano, a moeda americana fechou o dia com uma queda acentuada de 1,47%, depois de subir aos 5,57 reais na véspera.

Em janeiro, uma aguda crise fiscal pesava no mercado doméstico e fez o dólar testar novos recordes. Nos piores momentos, a cotação chegou a bater os R$ 6,30, em dezembro do ano passado, depois de uma sucessão de promessas mau cumpridas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de promover um saneamento estrutural nas contas públicas que até hoje não aconteceu.

A arrancada do dólar, que cai em cheio sobre os preços dos alimentos e outros itens da inflação que têm ligação umbilical com o mercado internacional, foi um dos elementos que acabou por forçar o duro aumento de juros promovido pelo Banco Central brasileiro.

A Selic, taxa de referência, saiu de 10,5%, em outubro do ano passado, para 15% em junho, numa das escaladas mais agudas em duas décadas. Os juros altos ajudam a turbinar a atratividade dos títulos domésticos e a reter ao menos uma parte do capital estrangeiro dentro do País.

Foi de fora, contudo, que vieram as principais forças que definiram a dinâmica do câmbio ao longo do ano em especial a entrada do ex e novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em janeiro. Com sua guerra comercial declarada com o resto do mundo, galgada em uma disparada de sobretaxas pesadas sobre as importações de uma centena de países, Trump deu início a uma guinada global que levou o dólar perder força em todos os mercados.

Comparado às principais moedas de economias desenvolvidas no mundo, o dólar caiu em média 9% em 2025, conforme aponta o DXY, índice internacional que acompanha a variação do dólar frente a uma cesta formada por seis outras dividas: yen, libra, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.

Também foi da maior economia do mundo e a praça de onde saem os dólares que veio outro importante empurrão para a desvalorização. Em setembro, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, começou, finalmente, a cortar os juros do país. Isso ajuda a destravar dólares que estavam presos nos atrativos títulos soberanos americanos, os mais seguros do mundo, e estimular o capital internacional a buscar ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes. (Com informações da revista Veja)

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