Domingo, 28 de Dezembro de 2025

Home Economia Dólar recua e fecha em R$ 4,81, após inflação dos Estados Unidos vir abaixo do esperado

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O dólar fechou mais uma sessão em queda nessa quarta-feira (12). O movimento veio na esteira da divulgação da inflação dos Estados Unidos, que subiu 0,2% em junho, acumulando alta de 3% em um ano.

O número veio levemente abaixo das projeções do mercado e mostram uma desaceleração da pressão inflacionária na maior economia do mundo. Esse cenário, segundo analistas, pode significar uma política monetária menos dura por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), sem novas altas muito expressivas nas taxas de juros.

Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,86%, cotada a R$ 4,8186. Nas mínimas do dia, o dólar chegou a R$ 4,7846. Com o resultado de, a moeda passou a acumular quedas de 0,99% na semana e de 8,70% no ano;
e alta de 0,62% no mês.

Mercados

O grande destaque desss quarta ficou com a inflação dos Estados Unidos, que subiu 3,0% em 12 meses. A expectativa era de que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país tivesse uma alta de 3,1% na comparação anual, ante um avanço de 4% registrado em maio, segundo a equipe de análise do BTG Pactual.

A desaceleração da inflação americana animou os mercados, tendo em vista que esse dado é visto como uma sinalização de que o Fed deve flexibilizar o seu ciclo de altas nos juros.

Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5% e 5,25%, depois de o BC norte-americano mantê-las inalteradas em sua última reunião, mas sinalizando que novas altas poderiam vir nos próximos meses, a depender dos rumos da inflação.

Para o mercado de ativos de risco — como as ações e as moedas de países emergentes, caso do real — é mais interessantes que os juros americanos estejam mais baixos. Isso porque taxas altas elevam os rendimentos dos títulos públicos dos EUA, tidos como os mais seguros do mundo, o que atrai os investidores em detrimento de outros tipos de ativos.

Ainda no tema de inflação e juros, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. No mês, a inflação do país teve queda de 0,08%, caindo para 3,16% no acumulado em 12 meses.

Com a deflação observada no período, boa parte do mercado já dá como certo o início do corte da Selic, taxa básica de juros, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). As expectativas giram em torno de uma redução de 0,25% a 0,50% – hoje, a taxa está em 13,75% ao ano.

Em contrapartida, mesmo com a deflação no índice geral, chamou a atenção na divulgação do IBGE a inflação de serviços, que acelerou de 0,06% em maio para uma alta de 0,62% em junho.

Essa continuidade da pressão nos preços do setor reforçam a perspectiva de que a inflação deve encerrar mais um ano acima da meta definida pelo BC, de 3,25% e podendo oscilar entre 1,75% e 3,25%.

Ainda no cenário doméstico, o IBGE divulgou nesta manhã os dados do volume de serviços em maio, que apresentaram uma alta de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior e uma alta de 6,8% na comparação com o mesmo período de 2022, acima das expectativas do mercado.

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