Terça-feira, 16 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de maio de 2023
Após uma sequência de cinco pregões consecutivos de queda, em que acumulou desvalorização de 2,46% e rompeu o piso de R$ 4,90, o dólar encerrou a sessão desta terça-feira (16), em alta de 1,12%, cotado a R$ 4,9428, com máxima a R$ 4,9542 no início da tarde. Operadores atribuem o tropeço do real a movimentos naturais de correção e realização de lucros, em meio à onda de fortalecimento da moeda americana no exterior com indicadores positivos da economia dos EUA.
Investidores também repercutiram a apresentação do parecer da nova regra fiscal brasileira e o anúncio feito pela Petrobras sobre o fim da paridade internacional e uma nova política de preços para os combustíveis.
Destaque do dia
O grande destaque do dia no mercado doméstico ficou com o anúncio feito pela Petrobras, no começo da manhã, de que encerrou a política de preços de combustíveis baseada na paridade internacional.
Pela regra em vigor desde 2016, o preço desses produtos no mercado interno acompanha, como um mecanismo automático, as oscilações internacionais, ou seja, não há intervenção do governo para garantir preços menores.
Agora, a Petrobras deve adotar uma nova política que permita ao governo interferir nos preços. A empresa explica que sua nova estratégia comercial será baseada em duas referências:
– O “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, que contempla “as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”;
– O “valor marginal para a Petrobras”, que é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
A estatal afirma que, “com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”.
Regra fiscal
Outro ponto que também ficou no radar foi a apresentação do parecer da nova regra fiscal. Segundo o relatório do arcabouço, do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), o Bolsa Família não poderá ter aumento real, ou seja, acima da inflação caso o governo descumpra as metas fiscais previstas.
Na agenda de indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços teve alta de 0,9% em março, acima das expectativas de mercado, de alta de 0,5%, mas abaixo do aumento de 1,1% observado em fevereiro.
Cenário externo
Já no exterior, as atenções seguem voltadas às negociações sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos. A expectativa é que o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, consigam chegar a um acordo para aumentar o limite da dívida do país e evitar um calote catastrófico.
Por lá, agentes financeiros também repercutiram os resultados corporativos divulgados pela Home Depot que, combinados com os dados mais fracos do que o esperado de vendas no varejo, indicam que os gastos do consumidor norte-americano estão perdendo a força. O movimento acompanha a redução da demanda diante da política monetária ainda restritiva no país.