Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025

Home em foco Donald Trump é acusado de colocar em risco a segurança nacional dos Estados Unidos

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Donald Trump colocou em perigo a “segurança nacional” dos Estados Unidos ao reter segredos nucleares após deixar a Casa Branca. O ex-presidente republicano, que busca um segundo mandato no próximo ano, enfrenta 37 acusações, incluindo “retenção ilegal de informações de segurança nacional” e “obstrução da justiça”, de acordo com a ata de acusação.

Ele também é acusado de perjúrio e cumplicidade com seu assistente pessoal, Walt Nauta, também processado, por ocultar documentos solicitados pelo FBI.

Trump anunciou que tinha sido acusado pela Justiça federal por sua manipulação de arquivos da Casa Branca, algo inédito para um ex-presidente, e afirmou ter sido convocado para comparecer a um tribunal em Miami na terça-feira. “Sou inocente”, clamou, afirmando ser vítima de uma manobra de seus adversários democratas.

O presidente democrata Joe Biden, que vai concorrer à reeleição em 2024, se recusou a comentar nesta sexta-feira se discutiu o assunto com o procurador-geral, Merrick Garland.

“Não falei com ele e não falarei. E não tenho mais comentários sobre isso”, disse a um repórter após ser questionado sobre o tema.

A lei dos Estados Unidos exige que os presidentes enviem todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para os Arquivos Nacionais ao término de seus mandatos. Além disso, proíbe o armazenamento de segredos de Estado em locais não autorizados e não seguros.

“Temos um conjunto de leis neste país, e elas se aplicam a todos”, disse o promotor especial Jack Smith, após a acusação oficial de que Trump se apropriou de documentos altamente secretos.

Ao deixar a Casa Branca em janeiro de 2021, Trump mudou-se para sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, e levou consigo dezenas de caixas cheias de arquivos secretos do Pentágono, CIA, Agência de Segurança Nacional (NSA) e outros órgãos de inteligência.

Um ano depois, e após várias ordens judiciais, concordou em devolver 15 caixas contendo quase 200 documentos.

No entanto, o FBI considerou que ele não entregou tudo e continuava guardando documentos em seu clube de golfe em Palm Beach. Agentes do FBI realizaram uma busca no local em 8 de agosto e apreenderam outras trinta caixas com 11.000 documentos.

Segundo a acusação, foram encontrados documentos classificados “em uma sala de festa”, mas também “em um banheiro, no chuveiro”, em “um escritório” e em “um quarto”.

O material encontrado incluía “informações sobre a capacidade de defesa dos Estados Unidos e de outros países”, “sobre os programas nucleares americanos” e “sobre as vulnerabilidades potenciais em caso de ataque aos Estados Unidos e seus aliados”.

Sua potencial “divulgação teria colocado em perigo a segurança nacional dos Estados Unidos e suas relações internacionais”, afirmou Smith, nomeado em novembro para supervisionar a investigação de forma independente.

Ao mesmo tempo, outro promotor especial investiga o caso dos documentos sigilosos encontrados no início do ano no antigo escritório e residência de Biden.

Essas descobertas, juntamente com outras relacionadas ao ex-vice-presidente Mike Pence, permitiram que Trump minimizasse a gravidade das acusações contra si.

Ao contrário de Trump, Biden cooperou com a Justiça ao entregar voluntariamente todos os documentos, que eram muito menos numerosos do que os de seu antecessor.

Até agora, os republicanos têm apresentado uma frente de apoio a Trump, mesmo aqueles que estão concorrendo com ele pela indicação presidencial do partido e que estão muito atrás nas pesquisas.

O resultado das eleições seria crucial dado que uma vitória o protegeria da prisão. Os problemas de Trump não se limitam a este caso. Uma promotora da Geórgia pretende divulgar em setembro o resultado de sua investigação sobre as pressões de Trump para mudar o resultado das eleições presidenciais de 2020 nesse estado.

Em abril, a Justiça do estado de Nova York acusou Trump de fraude contábil relacionada a um pagamento feito em 2016 a uma atriz pornô para mantê-la em silêncio sobre um suposto caso amoroso.

E o promotor Smith, cuja carreira inclui a persecução de criminosos de guerra no Kosovo, continua investigando o papel de Trump no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

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