Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025

Home em foco Donald Trump teria pedido para segurança atirar nas pernas de manifestantes em 2020

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Donald Trump descarregou sua fúria contra os manifestantes do lado de fora da Casa Branca, em 2020, dizendo: “Você não pode simplesmente atirar neles?”, relata seu então secretário da Defesa, Mark Esper, em trechos do livro “A Sacred Oath” (“Um juramento sagrado”, em tradução livre), divulgados nesta segunda-feira (2).

Esper escreveu que estava sentado no Salão Oval com “o presidente, com o rosto vermelho, e reclamando em voz alta sobre os protestos em andamento em Washington” pelo assassinato de um homem negro por parte da polícia.

“Você não pode simplesmente atirar neles? Só atirar na perna deles, ou algo assim?”, questionou Trump, segundo uma prévia do livro de memórias de Esper, à qual o site de notícias Axios teve acesso.

Marcados pela violência quando manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança, os protestos fizeram parte de uma onda nacional de manifestações após o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, pela polícia de Minneapolis.

O relato de Esper parece confirmar relatos anteriores de que Trump defendeu uma intervenção militar para reprimir a revolta social.

Um deles aparece no livro “Frankly, We Did Win This Election: The Inside Story of How Trump Lost” (“Francamente, ganhamos esta eleição: os bastidores da derrota de”, em tradução livre), publicado em 2021 pelo repórter de The Wall Street Journal Michael Bender.

Na obra, o jornalista já citava fontes, segundo as quais o então chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, teria tido uma discussão com Trump contra o uso das Forças Armadas, já que o presidente exigia uma resposta mais forte.

Segundo Bender, Trump afirmou: “Atire na perna deles – ou talvez no pé… mas seja duro com eles!”.

A Polícia de Parques dos Estados Unidos e as tropas da Guarda Nacional usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar os manifestantes do lado de fora da Casa Branca.

Na época, Esper declarou, publicamente, que se opunha a invocar a Lei da Insurreição, uma lei de 200 anos raramente usada e que permite que as tropas sejam ativamente mobilizadas no país.

Sua postura teria enfurecido Trump, e o então secretário foi demitido em novembro de 2020.

O site Axios afirmou que o livro de Esper, que será lançado em 10 de maio, foi analisado pelo Pentágono e revisado por generais e membros do gabinete.

No livro, Esper descreve o clima “surreal” no círculo íntimo de Trump, com a ideia de tropas abrindo fogo contra americanos “pesando muito no ar”.

“Tive que descobrir uma forma de fazer Trump recuar sem criar a bagunça que eu estava tentando evitar”, escreveu ele em “A Sacred Oath”.

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