Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de outubro de 2025
Você já parou para imaginar que, mesmo começando a contribuir mais tarde — a partir dos 45 anos — ainda é possível planejar uma aposentadoria que pague algo próximo de R$ 5 mil mensais? Pode soar sonho ou estratégia de filmagem, mas, com as regras certas e disciplina, essa meta está dentro do escopo legal. É preciso acertar o código de contribuição, saber como “complementar” valores e respeitar os limites do INSS. Quem optar por isso precisa entender — e seguir — uma rota muito bem estudada.
Para alcançar um benefício elevado como R$ 5 mil, o contribuinte deve registrar contribuições regulares sobre o teto do INSS (em 2025, esse valor máximo é de R$ 8.157,41). Isso significa pagar 20% do teto (ou usar a alíquota apropriada conforme categoria) com constância. Também é necessário preencher o tempo mínimo de contribuição, que atualmente é de 15 anos (180 meses).
Além disso, para quem é autônomo, existe o código de contribuição 1406, que permite recolher como contribuinte individual. Com ele, a pessoa pode contribuir diretamente sobre o teto, evitando que o benefício fique limitado aos valores mais baixos pagos em categorias inferiores.
Regime CLT ou mista?
Quem já teve vínculos com carteira assinada pode continuar aproveitando esses períodos, e fazer a complementação como autônomo para elevar a média de contribuição. Por exemplo: se o patrão contribuiu sobre R$ 800, o segurado pode complementar até o teto para aumentar o valor final da aposentadoria. Mas usar artifícios como pagar apenas duas vezes ao ano ou irregularmente não é recomendado — isso pode caracterizar fraude ou sonegação, segundo especialistas previdenciários.
Limitações e riscos dessa rota tardia:
• A média de contribuição considera todos os períodos registrados. Qualquer lacuna ou recolhimento baixo vai impactar;
• A estratégia exige constância e disciplina: atrasos ou períodos sem contribuição prejudicam a média;
• Mudanças legislativas podem surgir: quem constrói essa rota deve estar atento a reformas futuras que alterem os parâmetros;
• Essa abordagem exige mais esforço financeiro nos anos finais para compensar o tempo reduzido.
Para tornar essa meta mais factível, muitos especialistas recomendam, junto à estratégia de contribuição ao INSS, o uso de planos de previdência privada ou investimentos de longo prazo. Assim, você diversifica o risco — se o INSS sofrer ajustes, você não ficará dependente apenas do benefício público. Com informações do jornal O Dia.