Terça-feira, 15 de Julho de 2025

Home Política Eduardo Bolsonaro diz que não irá voltar ao Brasil no momento: “Me sacrificando”

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não pretende voltar ao Brasil antes do término de sua licença parlamentar, que encerra no próximo domingo (20). “Eu estou me sacrificando, sacrificando o meu mandato para levar adiante a esperança de liberdade”, afirmou o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A declaração foi dada nessa segunda-feira (14), em entrevista à Coluna do Estadão. Segundo o parlamentar, ele voltará ao Brasil quando Alexandre de Moraes (ministro do Supremo Tribunal Federal) não tiver mais força para prendê-lo.

“Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, acredita o político.

Ao ser questionado sobre ter medo de ficar com “fama de fujão”, Eduardo disse que tem total segurança naquilo que está fazendo. “Pode ter certeza de que haverá a comunidade brasileira apoiando. Temos a esperança de que surja uma esperança de dentro do Brasil”, acrescentou.

Eduardo Bolsonaro pediu 122 dias de afastamento em 20 de março. Deste total, dois dias foram destinados ao “tratamento de saúde” e os outros 120 dias para “tratar de interesses pessoais”. Um parlamentar, de acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, pode ficar afastado para tratar de assuntos de interesse particular até 120 dias (quatro meses), e esse prazo não pode ser prorrogado.

Em paralelo

O PT pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de domingo (13), a responsabilização e a cassação do mandato como deputado federal de Eduardo Bolsonaro após o Brasil ser alvo da imposição de tarifas comerciais pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na petição, endereçada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o partido aponta que Eduardo Bolsonaro tem se aproveitado do contexto diplomático para a ‘nítida e indiscutível tentativa de obstruir o processamento da ação penal contra seu pai’, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República, o líder do clã Bolsonaro tornou-se réu na Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado e é julgado, também, pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O PT afirma, também, que Eduardo Bolsonaro vergonhosamente tem trabalhado, ostensivamente, para associar a solução desta crise diplomática com os EUA (ou seja, a revogação da tarifa de 50% contra o comércio brasileiro), com a “anistia ampla, geral e irrestrita”.

“Em verdade, trata-se de um parlamentar brasileiro operando ativamente contra as instituições democráticas do próprio País; um deputado federal trabalhando em prol de tarifas comerciais que podem resultar em prejuízo para a população do mesmo País que o elegeu, com a única finalidade de prejudicar a apuração de crimes cometidos por seu pai e seus aliados”, argumentou o partido.

Na manifestação, o PT pede o recebimento e o processamento da notícia de fato para que “sejam adotadas as providências necessárias para a responsabilização de Eduardo Bolsonaro”, além de solicitar que o STF tome, junto à Câmara dos Deputados, as medidas necessárias para que o parlamentar tenha seu mandato cassado.

O documento é assinado pelos advogados Angelo Longo Ferraro, Sthefani Lara dos Reis Rocha, Miguel Filipi Pimentel Novaes e Gean Ferreira. (Com informações do Portal Terra)

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