Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025

Home Política Eduardo xinga Bolsonaro após ser chamado de imaturo em entrevista, mostram mensagens analisadas pela Polícia Federal

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Mensagens analisadas pela Polícia Federal (PF) mostram que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) xingou o pai Jair Bolsonaro (PL) após entrevista do ex-presidente sobre o conflito com o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nos diálogos, Eduardo demonstrou irritação pelas declarações do pai.

Segundo o relatório, Eduardo escreveu ao pai: “Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende”.

O deputado continuou: “VTNC SEU INGRATO DO CARA***!”

A conversa, segundo a PF, continuou com Eduardo citando termos usados pelo ex-presidente na entrevista. “Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fu*** é vc E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI!”

Segundo o documento da PF, “as mensagens demonstram preocupação de Eduardo Bolsonaro com as declarações do ex-presidente e com o apoio dado ao governador Tarcísio de Freitas e na forma como isso refletiria em sua situação política nos Estados Unidos”.

“Constata-se que o investigado temia que as declarações impactassem negativamente sua posição e suposta influência no exterior, podendo “decretar o resto da sua vida” nos EUA”, diz o relatório. De acordo com o documento, Eduardo referiu-se de forma pejorativa aos Estados Unidos. ‘E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI’, cita o documento.

Anistia

Em diálogo com o pai, Eduardo Bolsonaro admitiu que movimentação dele nos EUA tinha como objetivo salvar o ex-presidente, e não conseguir uma anistia para todos os condenados pelo 8 de janeiro de 2023. O material foi obtido do celular de Jair Bolsonaro e instrui o inquérito que investiga no Supremo Tribunal Federal (STF) a tentativa dele de escapar do julgamento sobre a trama golpista e de eventual punição.

Segundo relatório da Polícia Federal que traz a transcrição dos diálogos, em 7 de julho, Eduardo enviou mensagens ao pai “evidenciando que a real intenção dos investigados não seria uma anistia para os condenados pelos atos golpistas realizados no dia 08 de janeiro de 2023, mas sim, interesses pessoais, no sentido de obter uma condição de impunidade de Jair Bolsonaro na ação penal em curso por tentativa de golpe de Estado”.

“Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar. Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto. Neste cenário vc: não teria mais amparo dos EUA, o que conseguimos a duras penas aqui, bem como estaria igualmente condenado final de agosto”, disse Eduardo.

“Eu acho que não vale a pena, mas te oriento a buscar conselho com outras pessoas. Tire do cálculo o apoio dos EUA, qual estratégia vc tem para atingir qual objetivo? É simples”. Em seguida, concluiu: dizendo que iria “acordar de olho nas redes do Trump, torcendo para (…) que ele já traga novidades sobre ações”.

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