Segunda-feira, 04 de Agosto de 2025

Home Política Eleições de 2026: petistas querem Alckmin na disputa para governador de São Paulo e Fernando Haddad no Senado

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A disputa pelo governo de São Paulo em 2026 já movimenta as articulações na esquerda, que trabalha com três possíveis candidatos: o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB). Até agora, apenas França manifestou publicamente a intenção de concorrer. Alckmin e Haddad, por sua vez, têm sinalizado que não pretendem disputar cargos no Estado.

Entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, os três seguem sendo tratados como opções viáveis. As conversas envolvem não apenas o nome ao Palácio dos Bandeirantes, mas também a formação de uma chapa ampla, com dois candidatos ao Senado e uma indicação para a vice-governadoria. O desenho final dependerá de variáveis importantes, como o destino do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Sua eventual candidatura à reeleição ou à Presidência altera o tabuleiro eleitoral.

“O PT precisa de um candidato (ao governo de São Paulo) com chances reais de vitória, mas que também contribua para a reeleição do presidente Lula, independentemente do nome que estiver na urna no ano que vem”, afirma o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT). Segundo ele, a cabeça de chapa não precisa ser necessariamente do PT.

A avaliação de petistas é que Tarcísio tende a disputar a reeleição. O raciocínio parte da leitura de que Lula entra como favorito na corrida presidencial. Além disso, caso decida concorrer ao Planalto, Tarcísio precisaria deixar o cargo com seis meses de antecedência, ficando mais exposto à influência da família Bolsonaro. Nesse intervalo, avaliam os petistas, ele teria de reafirmar sua lealdade ao clã e radicalizar o discurso – o que traria o risco de afastar o eleitorado moderado, considerado crucial na disputa.

Caso Tarcísio dispute a reeleição, as chances de vitória da esquerda em São Paulo são vistas como remotas. Nesse cenário, a prioridade será montar uma chapa forte, que, sobretudo, ajude a puxar votos para a eleição presidencial. No PT, avalia-se que a melhora do desempenho no Estado foi decisiva em 2022. Em 2018, Jair Bolsonaro (PL) venceu Haddad em São Paulo por mais de 8 milhões de votos. Em 2022, a vantagem sobre Lula no Estado caiu para 2,6 milhões.

Alckmin 

Entre petistas, um dos arranjos mais citados prevê Alckmin como cabeça de chapa, com um petista na vice, e Haddad disputando o Senado em dobradinha com França. No partido, já circulam nomes cotados para a vice. A vereadora Luna Zarattini é mencionada como uma das alternativas. Aos 32 anos, foi a mais votada do PT nas eleições municipais de 2024 na capital paulista, com mais de 100 mil votos, e é vista como um nome capaz de agregar juventude e representatividade à chapa.

Ex-ministro-chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula, José Dirceu já declarou publicamente que Alckmin e Haddad são as opções mais fortes da esquerda para compor a chapa em São Paulo, seja para o Senado ou para o Executivo estadual. Nos bastidores, o presidente eleito do PT, Edinho Silva, também demonstrou simpatia pela dupla, embora evite falar de nomes publicamente. Em entrevista ao Estadão, Edinho afirmou que é fã de Alckmin e que o vice-presidente deve ser ouvido nas articulações.

Dois interlocutores de Alckmin afirmaram que o vice-presidente não demonstra entusiasmo com a ideia de disputar o Senado. Também avaliam que ele não tem interesse em concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, já que foi governador por quatro mandatos, somando quase 13 anos no cargo. No momento, Alckmin estaria concentrado nas funções que exerce à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Escalado por Lula para negociar a crise do tarifaço americano, o vice-presidente tem sido elogiado no governo. Na última quarta (30), o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, mas divulgou uma lista com quase 700 itens isentos. Alckmin afirmou que as negociações continuam. No dia seguinte, participou do programa Mais Você, da TV Globo.

Um dirigente do PSB avalia que o mais provável é que Alckmin permaneça como vice de Lula nas eleições de 2026. Segundo o Estadão, o próprio Lula defende a manutenção de Alckmin na chapa, a menos que seja necessário ceder a vaga em uma negociação política de última hora.

Nesse caso, o vice-presidente poderia ser convencido a disputar algum cargo em São Paulo. Outro fator que poderia influenciá-lo é a eventual candidatura de Tarcísio ao Planalto. Sem o governador paulista na corrida, Alckmin teria mais chances de vencer a disputa no Estado, e a esquerda teria a possibilidade real de alcançar um feito inédito para o campo: conquistar o Bandeirantes e o Planalto. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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