Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025

Home Mundo Eleições presidenciais na França ocorrem neste domingo; Macron e Le Pen empatam

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Os franceses irão às urnas neste domingo (10) para o primeiro turno das eleições presidenciais no país – disputa cujo cenário que não torna certa a reeleição de Emmanuel Macron, atual mandatário francês, concorrente pelo partido República em Marcha.

Apesar das pesquisas ainda favorecerem Macron para ganhar a reeleição, elas lhe dão uma vantagem muito mais estreita do que quando foi eleito em 2017. Agora, ele enfrenta uma dura concorrência de Marine Le Pen, candidata da extrema-direita e representante do Reagrupamento Nacional.

Segundo o Instituto Ifop, no dia 7 de abril Macron tinha 26,5% das intenções de voto contra 24% de Le Pen – configurando um empate técnico. No dia anterior, os percentuais eram de 27% e 23,5%, respectivamente. O terceiro colocado é o candidato da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon (França Insubmissa), com 17,5% dos votos.

Os outros candidatos ficaram para trás nas últimas semanas e viram suas chances de avançar para o segundo turno diminuir, salvo uma grande surpresa. O candidato de extrema-direita Eric Zemmour e a conservadora Valerie Pecresse – já vistos como sérios candidatos ao segundo turno – figuravam com cerca de 9% cada.

O cenário político francês ainda está sentindo as ondas de choque das eleições de 2017, quando Macron e Le Pen também se enfrentaram.

Uma vitória de Macron significaria continuidade em políticas atualmente vigentes na França, enquanto uma vitória de Le Pen anunciaria grandes mudanças em política externa, relação com a União Europeia, finanças públicas e atração de investidores estrangeiros.

A reconstrução tanto da direita quanto da esquerda dependerá muito de como as eleições presidenciais e parlamentares vão se desenrolar.

Processo de votação

Cerca de 48,7 milhões de franceses estão registrados para votar. Os candidatos que terminam em primeiro e segundo lugar vão para o segundo turno, que será realizado no dia 24 de abril.

A primeira votação coloca 12 candidatos uns contra os outros. Todos eles se qualificaram para a corrida ao garantir o apoio de 500 prefeitos e/ou vereadores locais de todo o país.

Na França, o voto não é obrigatório e é feito com cédulas de papel, de maneira direta e secreta. Cada francês comparece à zona eleitoral estipulada e, após escolher a cédula do candidato escolhido, se dirige à cabine de votação para colocar a cédula em um envelope, que é, por fim, depositado em uma urna.

A apuração dos votos estende-se ao longo da noite. Com o passar das horas e as apurações de boca-de-urna, espera-se que até o fim da noite os candidatos tenham admitido a derrota ou, para os dois principais, tenham feito discursos para reunir os eleitores para o segundo turno.

O que está em jogo

Cinco anos atrás, Macron derrotou Le Pen com 66,1% dos votos no segundo turno, com eleitores de todos os matizes apoiando o recém-chegado centrista para derrotar a candidata de extrema-direita.

Para este ano, a avaliação é que Macron teria se recusado a debater com opositores e investido pouco em campanha. Ainda assim, o presidente se manteve firme em primeiro lugar nas pesquisas, embora com um eventual segundo turno possivelmente mais disputado do que em 2017.

Dentre as propostas da campanha atual, ele anunciou a promessa de aumento da aposentadoria para os 65 anos, reformas no seguro-desemprego e mercado de trabalho, relançamento de reatores nucleares, além de investimento em energia ecológica e objetivo de alcançar a neutralidade carbônica até 2050.

Já para Le Pen, a estratégia foi buscar apoios importantes. Embora ainda seja fortemente contrária à entrada de novos imigrantes no país, a suavização do seu tom em tópicos emblemáticos como o Islã e o euroceticismo (especialmente após o Brexit) tem sido amplamente divulgada, no esforço para atrair eleitores fora da sua base de extrema-direita.

Mesmo assim, “deter a imigração descontrolada” e “erradicar as ideologias islâmicas” são as duas principais prioridades do seu programa de governo.

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