Domingo, 25 de Maio de 2025

Home Música Em luta contra doença rara, cantora Celine Dion faz aparição por vídeo em evento musical

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A cantora canadense Céline Dion, que recebeu em 2022 um diagnóstico de doença rara e incurável, fez uma aparição em vídeo no festival de música Eurovision, na cidade de Basileia (Suíça). A mensagem foi exibida no telão do evento, organizado pela União Europeia de Radiodifusão e um dos mais tradicionais do continente.

Há 37 anos, a própria artista venceu a competição destinada a artistas iniciantes de diversos países. “Ganhar o Eurovision Song Contest em 1988 pela Suíça foi um momento que transformou a minha vida. Sou muito grata por todo mundo que me apoiou. Agora, 37 anos depois, é tão lindo e emocionante ver a Suíça sediar este evento incrível mais uma vez”, declarou como uma das homenageadas da cerimônia.

Ela acrescentou: “Nada me faria mais feliz do que estar com vocês em Basileia nesse momento. A Suíça sempre vai ter um lugar especial no meu coração, é o país que acreditou em mim e me deu a chance de fazer parte de algo tão extraordinário”.

Desde que revelou sofrer da chamada “Síndrome da Pessoa Rígida”, em dezembro de 2022, Céline Dion tem sido acompanhada com atenção solidária pelo público. No documentário “Eu Sou: Céline Dion”, que estreou no fim de junho de 2024, no Prime Video, a artista abre o jogo sobre a doença incapacitante que a afastou dos palcos.

O filme mostra a rotina da artista canadense de 57 anos, entre sessões de fisioterapia e ingestão de medicamentos. Depoimentos e imagens de arquivo também compõem o documentário.

“Não posso fazer simplesmente o que quero. Eu não posso sair, estou presa”, diz Céline Dion em depoimento à produção biográfica. Em maio do ano passado, semanas antes da estreia do documentário, a cantora já havia falado sobre a doença em entrevista à revista “Vogue”.

“Espero encontrar um milagre, um meio de curar a doença com pesquisas científicas, mas preciso aprender a conviver com ela”, afirmou Céline na entrevista à prestigiosa revista de moda e estilo.

Entenda

A Síndrome da Pessoa Rígida é um distúrbio autoimune e muito raro que afeta o sistema nervoso central e causa rigidez nos músculos. A pessoa pode ter espasmos dolorosos nos braços, nas pernas e na coluna vertebral. A doença atinge apenas uma em cada um milhão de pessoas.

Em casa, Céline tem o apoio da família, inclusive da irmã Claudette, que chegou a declarar à imprensa que esperava por um milagre, pois a cantora não estava reagindo ao tratamento. Não há muito o que fazer”, lamentou.

Quando soube da doença, e sentindo os efeitos do descontrole muscular, Céline cancelou sua turnê e passou a viver reclusa com os filhos René-Charles e os gêmeos Nelson e Eddy. Ela passou a contar com o suporte de uma equipe de médicos e enfermeiros.

Desde então, suas aparições públicas são raras. Em fevereiro de 2024, ela esteve na cerimônia do Grammy para apresentar o prêmio de Álbum do Ano e provocou comoção na plateia.

Meses antes, em novembro de 2023, Céline esteve com os três filhos na partida de hóquei no gelo entre o Montreal Canadiens, time para o qual torce, e o Vegas Golden Knights, em Las Vegas. Em suas redes sociais, a artista escreveu: “Os meus rapazes e eu nos divertimos tanto! Jogaram tão bem, que jogo!”.

Em 26 de julho de 2024, Dion comoveu o público ao fazer uma apresentação deslumbrante na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Ela cantou lindamente e emocionou o mundo ao superar as dificuldades impostas pela doença e deixar uma marca inesquecível no evento esportivo.

Celebrada como uma das maiores cantoras do mundo, Céline Dion ficou famosa por músicas como “My Heart Will Go On”, tema do filme Titanic (1997), e “Because You Loved Me”.

Carreira

Nascida em 30 de março de 1968 em Quebec, no Canadá, Céline Dion iniciou a carreira em 1980 e logo chamou atenção pela extensão vocal de soprano. A artista também é compositora e pianista. Ela conquistou diversos prêmios, inclusive cinco estatuetas do Grammy, e vendeu mais de 250 milhões de discos.

A cantora canadense possui estrelas nas Calçadas da Fama dos Estados Unidos e do Canadá. Ela diz ter se inspirado em ídolos de diferentes estilos, tais como Aretha Franklin, Charles Aznavour, Anne Murray, Barbra Streisand, Carole King e o grupo Bee Gees.

Em 2016, a cantora sofreu um baque com a morte do marido, o produtor musical René Angélil. Ela havia se afastado da carreira temporariamente para se dedicar aos cuidados com ele, que sofria de câncer. Agora, Celine trava uma luta por ela mesma. No documentário e nas raras aparições, ela demonstra o desejo de retornar aos palcos.

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