Quarta-feira, 02 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de julho de 2025
Em meio a crise da base com o governo federal, o União Brasil voltou a turbinar a pressão nos bastidores por mais espaços e cargos. Entre os focos principais, estão Correios e Banco do Brasil.
No caso dos Correios, existe uma pressão para usar como pretexto o fim do mandato do atual presidente, Fabiano Silva, em agosto. Fabiano é um nome indicado por alas do PT e, principalmente, por Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas – grupo formado por advogados, juristas, artistas e professores que têm apoiado Lula e o PT desde as eleições de 2022.
No relato de petistas, o União Brasil conta com apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tirar o atual presidente dos Correios. Outro pretexto usado por quem defende que Lula ceda à pressão é que os Correios, por estar vinculado ao ministério das Comunicações, deveria estar sob comando do partido que comanda a pasta – justamente o União Brasil.
Fabiano Silva já vinha dizendo a interlocutores que não estaria disposto a renovar seu mandato depois de agosto. Além dos Correios, o Banco do Brasil também voltou a entrar na mira do partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Atual gestora, Tarciana Medeiros tem excelente relação com o presidente da República e é muito elogiada por sua atuação à frente do banco. Mas os partidos do Centrão estão de olho na vaga da presidente do banco.
Alcolumbre quer, também, a saída de Alexandre Silveira (PSD) do Ministério de Minas e Energia. Na semana passada, durante o auge da crise dos partidos aliados com o governo federal, Lula tomou a iniciativa e conversou com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. O partido tem três ministérios no governo (além das Comunicações, comanda a Integração e Desenvolvimento Regional e o Turismo), mas nem isso é suficiente para garantir o apoio a matérias importantes para o Planalto.
O presidente do Congresso e do Senado, senador Davi Alcolumbre foi um dos principais beneficiados no empenho de emendas parlamentares pelo governo na última semana. Dos R$ 1,9 bilhão que o governo empenhou na última semana, R$ 26,4 milhões foram de indicações de Alcolumbre, o terceiro maior valor no período, atrás da senadora Augusta Britto (PT-MA), com R$ 34,2 milhões, e do senador Giordano (MDB-SP), com R$ 33,2 milhões.
Diferentemente de Alcolumbre, nem Augusta nem Giordano tiveram valores pagos até agora. Desde o início do ano, foram liberados R$ 3,1 bilhões em emendas.
A liberação para o presidente do Senado ocorre no momento em que aumenta a tensão entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o Palácio do Planalto.
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