Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de janeiro de 2023
O Peru fechou neste sábado (21), por tempo indeterminado, o ingresso à cidadela inca de Machu Picchu, joia turística do país, alegando motivos de segurança, dada a dimensão dos protestos pela renúncia da presidente Dina Boluarte. “Determinou-se o fechamento de rede de trilhas incas e da llaqta (cidadela) de Machu Picchu, ante a conjuntura social e para salvaguardar a integridade dos visitantes”, informou o Ministério da Cultura, em um comunicado, acrescentando que a medida ficará em vigor “até novo aviso”.
Nesta semana, milhares de pessoas foram às ruas em cidades do Peru para pedir a saída da presidente do país, Dina Boluarte. Foi a maior manifestação na capital, Lima, desde o início dos protestos em dezembro, que já deixaram mais de 50 mortos.
Muitas pessoas de fora da cidade viajaram para participar dos atos, em um movimento que foi chamado de “tomada de Lima”. Manifestantes e policiais entraram em confrontos.
Protestos
As manifestações no país começaram depois que o Congresso derrubou o presidente Pedro Castillo, no dia 7 de dezembro. Castillo foi preso e condenado a uma pena inicial de 18 meses.
Ainda quando era presidente, ele era investigado em diversos processos. Castillo, então, tentou dissolver o Congresso. Sem apoio do exército, do Judiciário e do Legislativo, ele foi derrubado e preso horas depois. A vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o cargo.
Desde então, muitas pessoas, especialmente do sul do país, têm se manifestado para pedir a renúncia de Boluarte, o fechamento do Congresso, uma nova Constituição e a libertação de Castillo.
Quem são os manifestantes?
Os manifestantes são pessoas que se opõe à atual presidente, Dina Boluarte. Na última semana, muitos deles usavam camisetas contra ela e pediam a renúncia, além de novas eleições.
Muitas pessoas viajaram de regiões mais remotas do Peru até Lima. Parte dos manifestantes tem a mesma origem de Pedro Castillo, o presidente removido do cargo em dezembro: comunidades rurais nas montanhas dos Andes.
Nas regiões do sul do país, onde há mais comunidades rurais, as manifestações começaram pouco depois da queda de Castillo.
A população do Peru é muito dividida entre essas comunidades, mais pobres, e as elites, que estão em grande parte concentradas em Lima.
Dina Boluarte chegou ao poder depois que o Congresso aprovou o impeachment de Castillo.
Antes, em julho de 2021, Dina havia sido nomeada por Pedro Castillo ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social do Governo. Ela renunciou ao cargo em novembro de 2022, após mais de um ano no ministério.
Ela criticou a tentativa de Castillo de fechar o Congresso. Ao assumir, Dina disse que houve uma tentativa de golpe de Estado de Pedro Castillo, e que o Congresso evitou isso.
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