Quinta-feira, 03 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de janeiro de 2022
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre marcou para a próxima quarta-feira (19) o início da vacinação contra covid para as crianças de 5 a 11 anos. O primeiro grupo a ser contemplado é de piás e gurias com baixa imunidade, deficiência permanente ou comorbidades (diabetes, hipertensão e asma, por exemplo).
Conforme a prefeitura, aproximadamente 120 mil pequenos cidadãos residentes na capital gaúcha se enquadram nessa faixa etária, incluindo os saudáveis, que serão incluídos posteriormente, em data a ser definida e por ordem decrescente de idade. Dependendo do estoque de ampolas, isso poderá acontecer já neste mês, começando-se pelos pré-adolescentes de 11 anos.
A chegada da primeira remessa ao Núcleo de Imunizações da SMS está prevista para segunda-feira (17). Os locais de aplicação da versão pediátrica da vacina e outros detalhes logísticos serão divulgados em seguida, para que pais ou responsáveis pelas crianças contempladas nessa fase possam planejar o comparecimento às unidades de saúde com os filhos.
O fármaco utilizado é o da Pfizer, em dosagem adaptada o público infantil. Já o esquema vacinal completo será composto por duas doses, com intervalo de oito semanas (56 dias) entre cada injeção. Não será necessária prescrição médica, mas a mãe, pai ou responsável deverá acompanhar o procedimento – se ausentes, será necessário apresentar autorização por escrito.
De acordo com Secretaria Estadual da Saúde (SES), o serviço deverá ser realizado em sala exclusiva para tal finalidade, além de um espaço para recepção das crianças e seus pais ou responsáveis. Eles terão que permanecer no local por 20 minutos, a fim de observar eventuais efeitos adversos (que são bastante raros e inofensivos).
Segurança sanitária
O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Porto Alegre, Fernando Ritter, salienta que a vacinação infantil não é obrigatória, mas consiste em um direito das crianças e de suas famílias. Ele também reitera a segurança sanitária do fármaco para esse público:
“A Pfizer vem sendo utilizada com essa finalidade há dois meses, abrangendo mais de 40 países, com mais de 8 milhões de doses aplicadas somente nos Estados Unidos e sem registro de eventos adversos significativos. Além disso, o risco de complicações com a covid é muito maior que qualquer chance de reação indesejável à vacina”.
Ainda de acordo com Ritter, a disponibilização da vacina para a criançada proporciona uma garantia de maior segurança para toda comunidade:
“Mesmo que geralmente não desenvolvam quadros graves de covid, as crianças são vetores da doença ao levarem o vírus para casa ou escola, colocando em risco pessoas mais suscetíveis à infecção, como avós, pais com comorbidades, professores e funcionários de escolas. No Brasil, a doença já matou mais de 1,4 mil crianças, bem mais que todas as doenças preveníveis pelos imunizantes disponíveis no calendário vacinal brasileiro”.
Situação nacional
A segurança da vacina, já comprovada em estudos em diferentes partes do mundo, levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovar – no dia 16 de dezembro – o uso emergencial da Pfizer para o público infantil do País. Essa extensão do público-alvo contribui para se alcançar a imunidade coletiva.
Em âmbito nacional, estima-se em 20 milhões o contingente de brasileirinhos de 5 a 11 anos. A estimativa do governo federal é de 3,7 milhões de unidades da Pfizer a serem distribuídas neste mês para os Estados, em três lotes. O Rio Grande do Sul deve ficar com cerca de 60 mil doses da remessa inicial (quase 1,25 milhão).
(Marcello Campos)
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