Terça-feira, 01 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de outubro de 2022
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo decidiu validar a candidatura de Pablo Marçal (Pros) a deputado federal. Com a redistribuição dos votos, Paulo Teixeira (PT), que inicialmente havia conseguido a reeleição, estará fora da próxima legislatura. Ele coordena o núcleo jurídico e de segurança pública da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
Empresário e palestrante motivacional, Marçal havia conseguido votos suficientes para emplacar o mandato, mas sua candidatura permanecia indeferida desde 30 de setembro porque um juiz do TRE paulista entendeu que ele não havia cumprido o prazo correto de registro para entrar na disputa. O plenário da Corte, no entanto, decidiu rever a decisão.
Marçal entrou como candidato a deputado federal em substituição a Ednalva Jacinta de Almeida (Pros), conhecida como “Edijota”. De acordo com o relator do caso, o juiz Afonso Celso da Silva, o requisito para registro “foi plenamente cumprido” e é “suficiente a manifestação do candidato e do partido manifestada no pedido de substituição e no registro de candidatura”.
O empresário inicialmente tentou se candidatar à Presidência da República, mas após uma guerra judicial pelo comando do Pros, acabou tendo sua candidatura desautorizada e a sua legenda entrou na coligação de Lula.
Pablo Marçal ficou conhecido após liderar uma expedição de 32 pessoas para a Serra da Mantiqueira, próxima à divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Sem nenhum tipo de preparo ou precaução de segurança, e com condições climáticas adversas, o grupo precisou ser resgatado pelos bombeiros.
Mesmo com a decisão do partido em embarcar na campanha petista, Marçal decidiu declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno.
Adesão a Bolsonaro
Na semana passada, o empresário participou de uma transmissão ao vivo ao lado do próprio presidente. “Peço que você deixe sua reputação um pouquinho de lado”, disse o empresário e palestrante na “live”, pedindo apoio ao atual mandatário e repetindo chavões como “combate à esquerda” e “estamos sendo censurados”.
“Não é melhor nos próximos 15 dias todo mundo suspender a própria reputação para defender a Nação? Vamos evitar a perda da nação para a esquerda, porque o jogo é baixo”, vociferou. “Não vamos ter controle disso, vamos entrar em uma campana exponencial. Estamos com a campanha sendo censurada em algumas frentes, mas ninguém consegue censurar quando o batalhão é gigantesco.”
A presença de Marçal na campanha bolsonarista não tem o apoio unânime dos aliados do presidente. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho “zero-2” do chefe do Executivo, chegou a chamar o empresário de “coach malandrão”: “Pode mentir em entrevista, se promover, dar uma de Coach malandrão, só que aqui não!”.
No Ar: Pampa Na Madrugada