Segunda-feira, 17 de Novembro de 2025

Home Mundo Embora os Estados Unidos já tenham oferecido 50 milhões de dólares pela captura do presidente da Venezuela, Trump sugere que pode dialogar com Maduro

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (16), que pode ter conversas com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O republicano não deu detalhes sobre quando essas discussões poderiam ocorrer.

Trump disse também que acredita que o país latino-americano gostaria de dialogar com os EUA.

“Poderíamos ter algumas discussões com Maduro e ver o que acontece. Eles gostariam de conversar. O que isso significa? Você me diz, eu não sei… Eu conversaria com qualquer um”, declarou Trump aos jornalistas no aeroporto internacional de Palm Beach, na Flórida.

A declaração de Trump ocorre em um dos momentos mais tensos das últimas semanas entre Caracas e Washington. O governo Trump intensificou a presença militar no Caribe sob o argumento de combater o que a Casa Branca chama de “narcoterrorismo”. Maduro acusa os Estados Unidos de empregarem uma campanha de pressão para o tirar do poder.

Na sexta-feira, Trump afirmou já ter tomado uma decisão sobre a Venezuela, porém não disse o que fará. Segundo a emissora americana “CBS”, após a chegada de porta-aviões, os EUA também deslocaram aviões de transporte de tropas e carga para o Caribe.

A nova ofensiva foi anunciada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que o governo Trump passou a tratar oficialmente como “secretário de Guerra”. Batizada de Lança do Sul (Southern Spear), a operação mobiliza o Comando Sul e uma força-tarefa voltada a atacar organizações envolvidas no tráfico internacional.

Também no domingo, os EUA realizaram o 21º ataque contra barcos na região do leste do Oceano Pacífico e no Caribe. Três homens morreram.

Diante da escalada militar no Caribe, Maduro voltou a pedir paz aos Estados Unidos neste sábado (15). Durante um comício em Miranda, o líder chavista surpreendeu apoiadores ao cantar “Imagine”, clássico pacifista de John Lennon, enquanto pedia paz entre os países.

Enquanto Maduro recordava o trecho “imaginem todas as pessoas”, a multidão respondia com aplausos. “É o momento de acreditar na convivência e na esperança”, afirmou o presidente venezuelano diante de autoridades e simpatizantes do governo.

Maduro criticou a mobilização dos EUA e reforçou o alerta depois de Trinidad e Tobago anunciar exercícios militares conjuntos com tropas americanas a partir deste domingo (16). Trump voltou a acusar o presidente venezuelano de comandar redes internacionais de narcotráfico — acusações que Maduro nega categoricamente.

Em resposta, Caracas anunciou uma mobilização militar nacional e acusa Washington de “fabricar uma guerra” para justificar uma intervenção e derrubar o governo chavista. A retórica ampliou rumores sobre um possível ataque terrestre. Em entrevista recente à CBS, Donald Trump alimentou a incerteza ao afirmar: “Não vou dizer o que vou fazer com a Venezuela”.

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