Domingo, 28 de Abril de 2024

Home Cláudio Humberto Emendas superam orçamento de 32 ministérios

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Aprovado como está, o Orçamento/2024 traz inédita independência aos parlamentares e dor de cabeça para Lula aprovar projetos na base do toma lá, dá cá, como tem sido marcado o relacionamento do presidente com o Congresso. As turbinadas emendas parlamentares chegam aos R$53 bilhões, só ficam atrás em orçamento dos ministérios da Educação (R$180,5 bi), Previdência (R$935,2 bi), Saúde (R$231,7 bi), Trabalho (R$111 bi), Defesa (R$126 bi) e Desenvolvimento Social (R$ 282,5 bi).

Donos do cofre

O Orçamento reservou R$19,4 bilhões para emendas individuais dos 513 deputados federais e outros R$5,6 bilhões para os 81 senadores.

Grana não falta

Há ainda emendas de bancada estadual (R$11,3 bi), Comissões da Câmara (R$10,9 bi), Senado (R$5,6 bi) e Mista (R$163,9 mi).

Ministério pra quê?

Bastam emendas de três senadores (R$208,8 mi) para superar o orçamento da pasta da Igualdade Racial, R$188,3 milhões para 2024.

Mega Sena paga mais

Status de ministro não compensa sem a chave do cofre. Mulheres, Pesca e Direitos Humanos têm menos dinheiro do que a Mega Sena da Virada.

Penduricalho salvo por Toffoli gerou os “marajás”

A decisão chocante do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) para ordenar o pagamento de quase R$1 bilhão a juízes, com previsão de até R$2 milhões aos magistrados, restabelece em definitivo a figura muito execrada do “quinquênio”, bônus pago a cada cinco anos de trabalho, que viabilizou o surgimento dos “marajás” do serviço público.

Drible malandro

Os quinquênios são cumulativos, até multiplica ganhos mensais, mas, em drible malandro no teto de gastos, não são considerados salário.

Ataque ao tesouro

O acúmulo de triênios, quinquênios e decênios obrigou Alagoas, nos anos 1980/90, a pagar a “marajás” salários equivalentes a 40 mil dólares.

Decisão corporativista

O quinquênio de Toffoli foi extinto em 2006, mas o Conselho de Justiça Federal o restabeleceu e retroativamente, vitimando quem paga imposto.

Comício compartilhado

O governo compartilhado Lula/STF combinou manifestação no dia 8, em lugar fechado, sem população, contra os “neofacistas”, que é como o presidente chama Bolsonaro e eleitores. O ato foi anunciado pelo próprio Lula, ontem, dia seguinte ao jantar que reuniu o governo compartilhado.

Não bateram carteira

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) continua achando que não se pode confiar em petista: “Lula passou por aqui com toda sua turma. Chequei e continuo com celular, relógio e carteira”.

Flagrante em vídeo

O Republicanos representará contra Washington Quaquá (PT-RJ) pela bolachada na cara do colega Messias Donato (Rep-ES). O petista agressor, que deveria ter sido preso em flagrante, culpou a vítima.

Então é Natal

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) se indignou com canetada de Dias Toffoli, que suspendeu dívida bilionária da JBS e liberou penduricalho, também bilionário, para juízes, “Papai Noel vai ter que suar para bater papai Toffoli”, ironizou o parlamentar.

Deu cartaz

O bilionário Elon Musk deu colher-de-chá a Janja respondendo sua lacração por sua conta hakeada no X: “Não está claro como alguém adivinhar a senha do e-mail dela é nossa responsabilidade”.

Como come

A semana de comilança de Lula, que teve almoço com militares, jantar com ministros do STF, com quem divide seu governo compartilhado, deve ter ainda café da manhã com jornalistas e jantar com catadores.

Dino criou precedente

Desta vez foi Nísia Trindade (Saúde) quem deu de ombros e ignorou convocação de deputados para explicar falas sobre obrigatoriedade de vacinação em crianças. A ministra simplesmente não deu as caras.

Roteiro desastroso

Para Rogério Marinho (PL-RN), o governo repete desastroso roteiro de 2015 e 2016, que afundou o País em crise econômica. “O PT endivida o País e hipoteca nosso futuro por poder, não pelo País”, avalia o senador.

Pergunta no aeroporto

Alguém aí indicaria uma praia onde o pessoal do Supremo pode passar férias?

PODER SEM PUDOR

Complexo de mansão

Eleito senador, o rico empresário tucano Tasso Jereissati tentava definir seu gabinete, no início de 2003. Foi levado a conhecer um gabinete típico, na Ala Teotônio Vilela, mas ele se espantou com o espaço modesto: “É assim? A pessoa passa pela secretária e dá de cara com o senador?” Um funcionário confirmou: “É assim mesmo, senhor”. Tasso preferiu um gabinete mais amplo no 11º andar do anexo, nas “torres gêmeas”. Para o visitante chegar a ele, precisava passar por meia dúzia de pessoas, incluindo a secretária Marilu e o assistente Lucena.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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