Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

Home Economia Empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez mudam de nome e voltam a trabalhar para a Petrobras

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As construtoras Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht), que estiveram envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobras revelados pela Operação Lava-Jato, estão na fase final da licitação para a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.

A refinaria, que já custou cerca de R$ 100 bilhões, segundo estimativas, foi um dos projetos envolvidos no escândalo da Lava-Jato. O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a apontar superfaturamento de pelo menos R$ 2,1 bilhões nas obras da unidade.

A informação de que Andrade Gutierrez e Novonor estavam no processo de licitação da refinaria foi antecipada pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmada pelo GLOBO. Diversas empreiteiras já fizeram acordos com órgãos do governo para poderem voltar a participar de licitações públicas, em um processo que começou no governo Jair Bolsonaro.

Em janeiro deste ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a retomada das obras da Rnest vai custar de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões. Em evento que contou com a presença do presidente Lula, Prates chegou a dizer quer a refinaria é um exemplo de “superação” e “volta por cima”.

Procurada, a Petrobras disse que o processo referente às obras da Rnest está em andamento, na fase legal de “Efetividade”, após o recebimento das propostas no último dia 14 de março. “As sugestões recebidas, que são de conhecimento público, estão em fase de análise pela Comissão de Licitação e, portanto, não há o que se falar em empresa e nem proposta vencedora no momento”, disse a companhia.

A construção de uma segunda unidade de refino terá capacidade de produzir 145 mil barris de diesel por dia. Com a chegada do PT ao poder novamente, a direção da companhia decidiu acelerar o projeto de ampliação da refinaria e ampliar a primeira unidade, que vai passar de uma capacidade de 115 mil barris de petróleo por dia (bpd) para 130 mil bpd.

Na Rnest, a ideia da companhia é ampliar a produção de diesel, com foco em uma versão mais limpa, o S10, com baixo teor de enxofre. Assim, quando as obras forem concluídas, haverá um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de Diesel S10 por dia à capacidade de produção nacional, reduzindo a dependência de importações, uma das bandeiras do novo governo.

A primeira unidade de refino de Abreu e Lima entrou em operação no fim de 2014. O projeto original previa uma segunda unidade, mas esta foi descartada em 2015. No governo Bolsonaro, a estatal colocou a Rnest à venda junto com outras sete refinarias. Mas não houve interessados.

 

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