Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de março de 2022
Em uma ação humanitária lançada nesta sexta-feira no seu site, a companhia aérea Azul passou a vender passagens fictícias de Campinas (SP) para Kiev, a capital ucraniana. O objetivo é arrecadar doações às famílias afetadas pelo conflito.
A compra pode ser feita diretamente pelo site oficial da empresa (www.voeazul.com.br). O interessante é que a Azul usou a mesma metodologia de variação de passagem tradicional para dividir as doações: o preço do “bilhete” (a doação) varia de acordo com os dias da semana do “voo”. Há espaço para doações que vão de R$ 10 a R$ 250.
Os clientes poderão comprar assento nas classes Economy, Economy Xtra e Business ou mesmo adquirir franquia de bagagem para qualquer um dos voos fictícios. Todo o montante arrecadado será integralmente destinado ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, instituição que tem oferecido apoio aos cidadãos ucranianos refugiados.
“Mesmo distante do conflito, a Azul não poderia ficar de fora da rede de solidariedade para amparar os refugiados deste conflito. Por isso, vamos utilizar toda a nossa força de vendas para incentivar essas doações. Estamos preparando comunicações para os mais de 14 milhões de membros do TudoAzul, para aqueles que viajam conosco todos os meses e, claro, falaremos também com nossos parceiros, fornecedores e todo o universo Azul. 100% do que conseguirmos arrecadar será doado, levando alento aos corações de todos que estão sofrendo com esse momento”, disse Abhi Shah, vice-presidente de Receitas da Azul.
O número de refugiados que fogem dos conflitos na Ucrânia atingiu 2,5 milhões na última sexta-feira (11). Os dados foram divulgados em rede social por Filippo Grandi, atual Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados. Segundo Grandi, há ainda cerca de 2 milhões de desalojados na Ucrânia.
Conflito
A invasão russa contra o território ucraniano ocorre em meio à disputa por influência entre Moscou e as potências ocidentais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, é contra uma eventual adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada na Guerra Fria para combater a União Soviética.
Já os Estados Unidos e a União Europeia acusam Putin de querer derrubar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para instalar um governo fantoche em Kiev.
A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e, recentemente, reconheceu a independência das autoproclamadas “repúblicas” de Donetsk e Lugansk.