Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de agosto de 2025
O déficit das empresas estatais federais chegou a R$ 5,525 bilhões no acumulado do ano até julho, alta de 61,14% em relação aos R$ 3,429 bilhões referentes ao mesmo período de 2024. Os números, divulgados pelo Banco Central, são nominais. Ou seja, não corrigidos pela inflação. Além disso, não consideram empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Considerando apenas julho, houve déficit de R$ 1,618 bilhão nas estatais federais, contra déficit de R$ 538 milhões no mesmo período do ano passado. Por sua vez, no acumulado de 12 meses, elas tiveram déficit de R$ 8,83 bilhões até julho, o equivalente a 0,07% do Produto Interno Bruto (PIB), contra R$ 7,75 bilhões até junho (0,06% do PIB).
Para o economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, os números mostram “uma contínua deterioração das finanças das empresas estatais”.
“Em outros termos, essas empresas estão queimando o caixa de exercícios anteriores ou estão usando recursos de empréstimos e financiamentos para ampliar suas despesas”, diz.
Em nota, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirma que as 20 estatais federais consideradas na estatística do BC “investiram R$ 2,059 bilhões e pagaram R$ 1,740 bilhão em dividendos e participação em lucros” até julho deste ano.
Novas regras Pix
No fim de setembro, o Banco Central divulgará as regras de funcionamento para o Pix parcelado. Segundo a instituição, a medida será adotada visando padronizar a modalidade e uniformizar a experiência do usuário.
Além disso, o BC frisa que a mudança também servirá para “facilitar o acesso, garantir a transparência e estimular o uso consciente desse crédito”.
Porém, esta tecnologia brasileira também é motivo de embate com os Estados Unidos. O presidente Donald Trump apresentou no começo de julho um documento em que acusa o Brasil de práticas comerciais desleais, determinando a abertura de uma investigação sobre o Pix.
Este processo, segundo a determinação do presidente americano, deverá ser pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos.
O documento de Trump afirma que há vantagens indevidas concedidas pelo governo brasileiro a serviços próprios de pagamento eletrônico, o que prejudicaria a competitividade de empresas americanas do setor.
Embora o Pix não seja citado nominalmente, a referência clara a sistemas criados por órgãos públicos inclui o método instantâneo, hoje onipresente nas transações no país. Com informações do portal Valor Econômico.
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