Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025

Home Brasil Enem 2025: 1º dia teve prova fácil a média, avaliam professores; veja como foi o exame por disciplina

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O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 teve forte pauta ambiental, muitos temas sociais, carga menor de leitura e nível de dificuldade de fácil a médio, no geral, e dentro do esperado, segundo educadores.

O tema da redação, sobre “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, foi visto como relevante e atemporal pelos professores, o que permite um maior repertório por parte dos alunos.

A professora Juliana Przybysz considerou a prova bastante tradicional e afirmou que ela veio carregada de Geografia, com discussão sobre ética ambiental.

Segundo o professor Arturo Chiong, os temas propostos foram relevantes e atuais, englobando questões de gênero, preconceito étnico e saúde emocional.

De acordo com Raul Celestino de Toledo, a prova foi tranquila e relativamente fácil, sem questões de alta complexidade, com textos mais curtos e perguntas mais objetivas, sem fugir do estilo tradicional do Enem.

“Houve uma boa distribuição dos conteúdos na área de Ciências Humanas. Chamou a atenção o destaque dado às questões relacionadas à mulher, que apareceram tanto em Ciências Humanas quanto em Linguagens. Foi uma prova equilibrada, com bom ritmo e dentro do esperado”, avaliou Toledo.

A prova priorizou a conscientização social e histórica, com destaque para temas como ancestralidade e resistência indígena, apagamento da história de pessoas escravizadas, padrões de beleza e inclusão esportiva, todos tratados de forma educativa e conscientizadora, segundo Thatiane Hecht.

A educadora acrescenta que o conjunto das questões manteve o foco em temas sociais, culturais e linguísticos, sem polêmicas explícitas. “As leituras exigiram atenção e interpretação cuidadosa, já que a maioria dos itens trazia textos de apoio curtos e distratores bem construídos”, afirmou.

Linguagens

Segundo o professor Arturo Chiong, a prova de Língua Portuguesa apresentou, conforme o esperado, questões com foco em temas sociais e o nível de dificuldade correspondeu às expectativas. Ele destacou que 11 questões exploraram textos verbais e não verbais, com ênfase no gênero crônica.

Além disso, foram abordados o Simbolismo, características do Romantismo e o emprego de sonetos.

Tatiane Hecht afirmou que a prova manteve o perfil tradicional do Enem, priorizando a interpretação textual e o domínio das funções de linguagem, da coesão e da variação linguística. O exame explorou temas sociais e culturais, além de textos verbais e não verbais que exigiam leitura atenta.

Geografia

Juliana Przybysz destaca que a prova de Geografia veio quase sem atualidades, mas muitos textos em questões de História, Sociologia e Filosofia estavam relacionados à impactos ambientais. “A prova não estava tão complexa e caíram questões sobre geografia urbana, rural, impactos ambientais e sustentabilidade, fontes de energia, transporte e geologia. Ela estava toda contextualizada na COP30. Não havia questões específicas, mas estava toda voltada para essa questão de ética ambiental”, afirmou.

História

O professor de História Thiago Teixeira avalia que a prova foi de nível médio a fácil e dialogou bastante com Sociologia e Filosofia, porque trabalhou temas como cidadania, política, direito, justiça, cultura e memória. “O aluno que estiver bem alinhado com os conceitos de sociologia e filosofia e o conceito histórico de Antiguidade, de Idade Moderna vai se dar muito bem nessa prova”, afirma.

Sociologia

Larissa Vitória, professora de Filosofia e Sociologia, destacou que, em Sociologia, o Enem trouxe o Bauman com um trecho sobre utopia; Heleieth Saffioti falando do paradoxo entre igualdade e a necessidade jurídica da discriminação positiva de gênero; Norberto Bobbio e as variações sobre a concepção de Direitos Humanos e um trecho da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas e a invisibilidade das religiões africanas no Brasil.

Filosofia

Larissa Vitória destaca que, em Filosofia, o Enem teve: Heráclito e sua perspectiva de cosmos; Platão sobre o conceito de cidade ideal; Aristóteles e as formas de governo; Paul Collier citando Adam Smith ao abordar a relação entre a motivação das condutas e a busca pelo lucro no capitalismo; David Hume falando sobre a relação entre a eloquência e a ausência de racionalidade; Foucault na temática da disciplina e capilaridade do poder; Bentham tratando da relação entre punição e felicidade; Derrida em uma distinção entre direito e justiça; Clarice Lispector ao tratar do ser e da conduta humana e Herbert Marcuse sobre a Sociedade industrial.

Redação

Para Tatiane Hecht, a redação, sobre “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, abordou um tema social acessível, com ampla margem para repertórios contemporâneos e reflexivos. “Diferentemente do ano passado, os textos das questões objetivas não apresentavam relação direta com o tema da redação, o que exigiu do candidato uma leitura independente da proposta e impediu que o conteúdo das questões funcionasse como indício temático”, acrescentou.

Línguas estrangeiras

Quem optou pelo inglês como língua estrangeira se deparou com textos sobre Angela Davis e a questão indígena, incluindo um poema e uma análise da apropriação cultural em fantasias de Halloween, detalha Isabela Abreu.

Na prova de espanhol, Chiong destaca que o exame seguiu o padrão esperado de dificuldade. “Apareceu uma música com temática sobre a exploração dos trabalhadores, uma questão que explorava o vocabulário na Espanha e na América Latina, e outra voltada aos recursos gramaticais da língua”, resumiu.

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