Domingo, 08 de Junho de 2025

Home Brasil Escândalo do INSS: mais de 3 milhões de beneficiários já consultaram o instituto sobre descontos indevidos

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O INSS divulgou na sexta-feira (6), o balanço atualizado dos descontos indevidos de entidades associativas nos pagamentos de aposentados e pensionistas. Segundo o órgão, nos últimos 24 dias, as plataformas do Meu INSS e
as sedes dos correios receberam mais de 3 milhões de consultas sobre descontos na folha de pagamento. Destes, 2,9 milhões (2 929 921) foram feitos sem autorização, enquanto 79,8 mil (79 824) foram autorizados pelos
beneficiários.

A primeira fase do ressarcimento dos descontos indevidos do mês de abril se encerrou nesta sexta-feira, 6. Segundo o órgão, o reembolso total chega aos 292 milhões de reais. Já para descontos referentes a meses anteriores, o aposentado ou pensionista deverá informar ao INSS caso não reconheça o débito em folha. O pedido deve ser feito pelo Meu INSS (aplicativo ou site) ou pelo telefone 135.

Depois do contato do beneficiário, “o INSS vai acionar a entidade para que comprove a autorização. Caso não haja comprovação, a entidade deverá devolver os recursos ao Instituto, que posteriormente fará o repasse ao beneficiário”, informa o órgão, sem dar detalhes sobre o prazo das devoluções.

Mais de 40 associações investigadas por órgãos de controle estão sob a suspeita de desviar 6,3 bilhões de reais em benefícios previdenciários através de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do INSS. A investigação culminou na queda do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Chefe da CGU diz que Rui Costa ‘sabia do problema’ no INSS

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, afirmou que o governo foi alertado sobre as investigações envolvendo fraudes no INSS e que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, “sabia do problema”.

A declaração rebate críticas feitas após a operação da CGU com a Polícia Federal se tornar uma nova frente de desgaste para o Palácio do Planalto.

“Todo mundo sabia do problema e que a CGU estava fazendo auditoria. A informação de que as pessoas não sabiam não procede. O ministro Rui sabe disso”, afirmou Carvalho ao Globo. Segundo ele, os acordos de cooperação técnica com entidades investigadas foram assinados entre 2021 e 2022, durante o governo Bolsonaro, e os descontos indevidos estouraram em 2023.

O ministro também afirmou que seguiu a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser “intolerante com fraudes, desvios e corrupção” e criticou alternativas como “fingir que não vimos” ou adotar medidas paliativas. “A terceira possibilidade era investigar, punir e ressarcir os aposentados. Esta foi a medida tomada”, declarou.

Carvalho negou que a CGU tenha sido seletiva ao deixar de incluir entidades próximas ao governo, como a Conafer e a Contag, nos pedidos iniciais de bloqueio de recursos. “Não há seletividade. Todas as entidades que tiverem fraudado os descontos ou praticado algum ato de corrupção serão responsabilizadas.”

O ministro também defendeu mudanças no sistema de descontos em folha para aposentados e pensionistas, sugerindo até sua interrupção. “A conclusão do relatório da CGU é que o mais viável seria interromper os descontos. Mas essa é uma decisão política, que envolve inclusive o Congresso Nacional.” As informações são da Revista Veja e do portal Estadão.

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