Quinta-feira, 01 de Maio de 2025

Home Política Escândalo no INSS: governo avalia que reação do ministro da Previdência veio tarde e teme “CPI do INSS”

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A equipe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até aprovou o tom da fala do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados na terça-feira (29), mas avalia que o tom duro contra as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) veio um pouco tarde.

Agora, assessores presidenciais temem uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso, isto é, a “CPI do INSS”, que pode ser usada pela oposição para desgastar ainda mais a imagem do presidente Lula.

Nessa quarta-feira (30), deputados oposicionistas protocolaram o pedido de criação da CPI com 185 assinaturas. O requerimento, agora, precisa de um aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para prosperar.

Segundo assessores, o tom usado nesta terça pelo ministro da Previdência deveria ter sido adotado na entrevista sobre a operação “Sem Desconto”, quando Carlos Lupi optou por sair em defesa do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em vez de criticar as fraudes.

Stefanutto foi afastado e depois demitido da função após a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizarem uma operação conjunta contra fraudes no INSS na semana passada. O resultado foi um desgaste tanto na imagem de Lupi como também na do governo Lula.

Além disso, a equipe de Lula reclama que agora o ministro está fazendo o diagnóstico correto sobre os descontos irregulares, mas ele deveria ter agido lá atrás quando tomou conhecimento das denúncias de fraudes nos descontos de aposentados e pensionistas.

Ou seja, para o governo, ele acordou tarde demais depois que sua permanência no governo passou a ser criticada e assessores de Lula começaram a defender sua demissão.

Líderes governistas alertam o governo que o clima no Congresso não é favorável ao Palácio do Planalto, o que pode contribuir para a criação da CPI do INSS.

A comissão depende de uma decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, mas ele já tem se desgastado com a oposição por ter decidido não pautar o projeto da anistia dos golpistas de 8 de janeiro de 2023. No caso da CPI, talvez ele não possa seguir na linha do enfrentamento com o PL.

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) disse nessa terça-feira que já teria o número mínimo de 171 assinaturas para protocolar o requerimento de criação da CPI das Fraudes do INSS, destinada a apurar o esquema de corrupção montado em descontos de aposentados e pensionistas. As informações são do blog do Valdo Cruz, no portal de notícias g1.

 

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