Sexta-feira, 20 de Junho de 2025

Home Flávio Pereira Espanha teve de aprovar às pressas um pacote anti-crise

Compartilhe esta notícia:

O colunista permanece na Espanha até esta sexta-feira. A crise ocasionada pela pandemia, somada ao embargo do gás e do petróleo russo, que agravou o quadro econômico da Europa, colocou em pânico os espanhóis. Por conta disso, o presidente Pedro Sánchez, do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), de centro-esquerda, não hesitou em negociar com a oposição um pacote anti-crise aprovado às pressas, ontem. O pacote prevê um investimento total de 16 milhões de euros para reduzir o preço da gasolina, da energia elétrica, a limitação dos reajustes de aluguéis, subsídio aos caminhoneiros e o aumento dos valores pagos a título de benefício social, algo semelhante ao programa Auxílio Brasil, criado pelo presidente Jair Bolsonaro, para socorrer a população de baixa renda dos efeitos da pandemia. A negociação foi necessária porque a amostragem mais recente do apoio do governo no parlamento foi em fevereiro, quando um projeto de reforma trabalhista foi aprovado por preocupantes 175 votos a 174, ainda assim, porque um deputado da oposição se equivocou na hora de votar. Isso fortaleceu a oposição que conseguiu ontem colocar emendas ampliando benefícios para diversos segmentos da população no projeto original do governo.

A proposta do governo espanhol acabou por ser “salva” no último momento por 176 votos a 172, de um total de 750 deputados, graças ao pequeno partido de esquerda regionalista e separatista basca EH Bildu, que votou a favor porque “não devem ser as pessoas a pagar os graves erros deste governo”.

A dependência do gás russo

Do gás que consome, a Espanha depende de 10% do fornecimento russo. Os leitores podem ter uma ideia do impacto que o embargo do fornecimento de gás russo para a Europa começa a causar em outros países, através destes números que indicam a dependência de cada um: Alemanha 65%, Polônia 55%, Romênia 45%, Bulgária 75%, Grécia 39%, Itália 43% e França 17%.

No Brasil, geração de empregos segue em destaque

Enquanto muitos países administram o saldo da economia resultante do fechamento de atividades econômicas, somado aos efeitos da guerra Russia x Ucrânia, o Brasil consegue, em meio a todo esse cenário, resultados que apenas não ganham maior destaque, porque há um comprometimento escandaloso da velha mídia e de parceiros poderosos instalados em outros poderes com o projeto anti-Bolsonaro. Ontem, saiu o anúncio indicando que o Brasil fechou o mês de março de 2022 com a criação de 136.189 empregos formais, segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apresentado ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O saldo de março último foi resultado de 1.953.071 contratações menos 1.816.882 de demissões. O estoque de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos no país, encerrou março 41,2 milhões de empregados. No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Flávio Pereira

A inflação da guerra já invade com força a Europa
Carro elétrico, cada vez mais presente nas ruas europeias
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde