Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de agosto de 2025
Uma megaoperação foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (28), para desarticular um esquema bilionário no setor de combustíveis comandado por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Uma força-tarefa, composta por cerca de 1.400 agentes da segurança pública, cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão contra mais de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A Operação Carbono Oculto foi deflagrada pelo MPPS (Ministério Público de São Paulo) e contou com o apoio do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, ANP (Agência Nacional do Petróleo) e PGE (Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo).
Outras duas operações também foram deflagradas nesta quinta pela PF (Polícia Federal), no Estado de São Paulo, contra o envolvimento do PCC na cadeia de combustíveis. Em uma delas, mandados foram cumpridos na Faria Lima, principal centro financeiro do País, na capital paulista. Apesar de terem os mesmo foco, as operações da PF não têm relação com a ação do MPSP, segundo os órgãos.
De acordo com a investigação, o esquema criminoso do PCC lesou não apenas consumidores que abastecem seus veículos, mas “toda uma cadeia econômica”. A investigação aponta um valor de R$ 7,6 bilhões somente em sonegação de tributos.
Cerca de 1.000 postos de combustíveis vinculados ao grupo movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Uma fintech que atuava como banco paralelo da organização, por exemplo, movimentou sozinha R$ 46 bilhões não rastreáveis no período.
Os mais de 350 alvos da megaoperação são suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato. As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis.
Segundo o MPSP, membros do PCC se infiltraram em todo o setor de produção de cana-de-açúcar e atuavam com ameaças a empresários e fazendeiros no interior de São Paulo.
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