Quarta-feira, 02 de Julho de 2025

Home em foco Estados Unidos acusam russos de matar 10 pessoas na fila do pão

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A embaixada americana em Kiev e autoridades ucranianas acusam forças russas de terem matado pelo menos 10 civis que estavam numa fila para comprar pão em Chernihiv, nessa quarta-feira (16).

“Hoje, as forças russas atiraram e mataram 10 pessoas na fila do pão em Chernihiv. Tais ataques horríveis devem parar. Estamos considerando todas as opções disponíveis para garantir a responsabilização por quaisquer crimes de atrocidade na Ucrânia”, postou a representação americana, sem dar maiores detalhes sobre evidências de como as pessoas haviam morrido.

Imagens borradas divulgadas por uma TV ucraniana mostram civis mortos na cidade do Norte do país.

“Soldados russos atiraram contra pessoas que faziam fila para comprar pão perto de uma mercearia em uma área residencial de Chernihiv. De acordo com um balanço inicial, 10 civis foram mortos”, afirmou em comunicado o Ministério Público local.

O chefe da administração regional, Vyacheslav Chaus, atribuiu as mortes a bombardeio de artilharia, e não a tiros.

“Este não é o primeiro bombardeio [na cidade], nem é o primeiro bombardeio de civis pelo inimigo. Os russos estão bombardeando e destruindo principalmente a infraestrutura civil na cidade de Chernihiv e outras cidades da região”, disse ele ao falar na televisão ucraniana, segundo reportado pela emissora americana CNN.

O Ministério da Defesa da Rússia negou o relato publicado pela embaixada dos Estados Unidos em Kiev.

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Kanashenkov, disse que o relato e as imagens das supostas vítimas que apareceram em vários veículos ucranianos eram uma “farsa lançada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia”.

“Nenhum soldado russo está ou esteve em Chernihiv. Todas as unidades estão fora dos limites da cidade de Chernihiv, bloqueando estradas, e não estão conduzindo ofensivas”, disse, acrescentando que a embaixada dos EUA havia publicado uma “notícia falsa não verificada”.

Chernihiv fica a 140 km da capital, Kiev, onde os combates seguem intensos. Imagens feitas no dia 3 de março mostram o momento de explosões na cidade.

ONU

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, ordenou nessa quarta que a Rússia interrompa imediatamente as operações militares na Ucrânia. O principal tribunal das Nações Unidas (ONU) também ordenou que Rússia e Ucrânia evitem quaisquer ações que possam agravar ou estender o conflito.

A Ucrânia apresentou uma ação à CIJ há duas semanas, argumentando que a Rússia invadiu ilegalmente o país sob falsas alegações de que autoridades ucranianas estavam cometendo um genocídio nas regiões de Luhansk e Donestk.

A Rússia enviou uma carta ao tribunal no último dia 7, solicitando que o caso fosse arquivado por falta de jurisdição, mas o pedido foi negado.

A juíza norte-americana Joan E. Donoghue, presidente da CIJ, exigiu em uma decisão divulgada nesta quarta que a Rússia suspenda “imediatamente as operações militares especiais iniciadas em 24 de fevereiro”, data do começo da invasão.

“A Ucrânia tem o direito plausível de não estar sujeita a operações militares da Federação Russa com o objetivo de prevenir e punir suposto genocídio no território da Ucrânia”, afirmou Donoghue.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comemorou a notícia em uma mensagem postada no Twitter e chamou a decisão de “vitória”. “A ordem é obrigatória sob o direito internacional. A Rússia deve cumprir imediatamente. Ignorá-la isolará ainda mais a Rússia”, disse ele.

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