Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home em foco Estados Unidos enviam ajuda militar à Ucrânia

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Os Estados Unidos enviaram 90 toneladas de equipamentos militares para a Ucrânia. O pacote inclui munição para os soldados estacionados na fronteira com a Rússia e faz parte de um pacote de ajuda de US$ 200 milhões aprovado pelo presidente americano, Joe Biden, em dezembro do ano passado. A embaixada dos EUA em Kiev afirmou que o envio da ajuda faz parte do “firme compromisso com o direito soberano da Ucrânia à autodefesa”.

O pacote chegou à Ucrânia após a reunião de representantes dos Estados Unidos e da Rússia em Genebra, na Suíça, na sexta-feira (21), para discutir a crescente crise, horas depois de Moscou alertar que as relações com Washington atingiram um ponto “perigoso e crítico”.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que essa adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém”.

Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região. Imagens de satélites feitas pela Maxar Technologies mostram que há presença de tropas e equipamentos a menos de 50 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, com um aumento entre 7 de setembro e 5 de dezembro no número de veículos.

Se a invasão de fato acontecer, não será a primeira vez que a Rússia assume o controle de uma região da Ucrânia. Em 2014, o governo de Moscou anexou a Crimeia. A presença de mais de 100 mil soldados russos na fronteira disparou o alarme da Otan, que afirma que o risco de um novo conflito na região é real.

Tensão

“A Europa está agora mais perto da guerra do que esteve desde a fragmentação da antiga Iugoslávia.” A advertência é do diplomata sênior da União Europeia sobre as atuais tensões com Moscou, em relação a seu enorme contingente militar na fronteira com a Ucrânia.

O clima em Bruxelas é de nervosismo. Há um medo real de que a Europa possa estar em uma espiral em direção à sua pior crise de segurança em décadas.

Mas a ansiedade não está totalmente focada na perspectiva de uma longa e prolongada guerra em solo com a Rússia sobre a Ucrânia. Poucos acreditam que Moscou tem o poderio militar, não importa o dinheiro, ou o apoio popular interno para isso.

É verdade que a União Europeia adverte o Kremlin sobre “consequências extremas”, caso a Rússia leve a cabo uma ação militar na vizinha Ucrânia. A nova ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, esteve em Kiev e Moscou dizendo exatamente isso.

A Suécia deslocou centenas de tropas para a ilha de Gotland, no Mar Báltico — que é estrategicamente importante. E a Dinamarca reforçou sua presença na região.

As crescentes tensões também reacenderam o debate na Finlândia e na Suécia sobre se deveriam aderir agora à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Mas a principal preocupação no Ocidente — Washington, Otan, Reino Unido e União Europeia — é menos a possibilidade de uma guerra convencional com a Ucrânia, e muito mais, a perspectiva de que Moscou está tentando dividir e desestabilizar a Europa — abalando o equilíbrio do poder continental a favor do Kremlin.

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