Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025

Home Brasil Ex-diretor do Banco Central vai na contramão do mercado e diz que inflação vai “perturbar” em 2026

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Fabio Kanczuk, diretor de macroeconomia do ASA e ex-diretor do Banco Central, espera alta da inflação para 2026, o que, como ele faz questão de frisar, o coloca na contramão do mercado. “É onde estamos diferentes, os economistas estão prevendo o IPCA já indo para 4% e achamos que é mais para 5%, principalmente pelo fiscal. A inflação voltará a perturbar”

Para ele, a expansão fiscal não vai deixar a economia desacelerar e, sem a ajuda da queda do dólar e dos alimentos, “não tem moleza”. Mesmo neste cenário, ele acredita que o Banco Central vai começar a cortar os juros provavelmente em março.  Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão do ASA é de crescimento de 2,5% neste ano e de 2% no em 2026. Ele vê ainda a taxa básica de juros (Selic) a 12,5% em dezembro.

“O juro ainda vai estar alto e mesmo assim não esperamos crescimento ruim”, diz ele. “Como isso é possível? A resposta é a política fiscal atuando.”

Para o último trimestre deste ano, a previsão é de desaceleração do PIB e IPCA em torno de 4,5% no acumulado de 2025. “O IPCA caiu tanto sem desaceleração econômica porque foi puxado foi pela queda do dólar e recuo nos preços dos alimentos, mas no ano que vem não vai ter essa ajuda”, avaliou o economista-chefe do ASA, do grupo de Alberto Safra.

Kanczuk vê um BC mais otimista com a queda do custo de vida. “Na cabeça deles o nível da Selic (15%) está tão absurdo que não é preciso manter nesse nível. É alguma coisa como ‘eu posso cortar e mesmo assim ainda vai estar num nível alto o suficiente para fazer o trabalho’. Eu não concordo. A inflação não vai cair. Pode ser que eles acertem e a gente erre. Ou não”, disse ele, que também foi secretário de política econômica da Fazenda no governo Michel Temer e representante do Brasil no Banco Mundial.

A mudança de dois diretores no BC neste ano pode ajudar a aumentar o otimismo, segundo ele, já que os dois que vão sair “são os mais durões, o Diogo [Guillen] e o Renato [Gomes].” “Não é certo ou errado. Está entrando uma diretoria mais otimista”, comentou Kanczuk ao Valor em entrevista durante o 46º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, promovido pela Abrapp, em São Paulo. Com informações do portal Valor Econômico.

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