Domingo, 19 de Maio de 2024

Home Brasil Ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal é preso

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O ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal Robson Cândido foi preso na manhã deste sábado (4) em sua casa, na região administrativa do Park Way, em Brasília. A prisão preventiva, ou seja, sem prazo para acabar, foi decretada pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Águas Claras.

Cândido é investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) por ameaçar e perseguir duas mulheres. Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca na casa do ex-diretor e em uma delegacia em Ceilândia. A suspeita é de que equipamentos do local teriam sido usados na prática dos supostos delitos e que uma das vítimas foi grampeada.

O delegado-chefe da unidade, Thiago Peralva, é suspeito de auxiliar Cândido no grampo e no crime de stalking, que é definido como perseguição reiterada, por qualquer meio, como a internet (cyberstalking), que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima.

Peralva também é investigado no caso .A operação foi cumprida pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MP-DFT.

Cândido foi exonerado do posto que ocupava na Polícia Civil no começo de outubro, após ter sido denunciado pelas mulheres, que registraram boletim de ocorrência. Semanas depois de deixar o comando da Polícia, ele se aposentou.

O então diretor-geral ficou no cargo por quase cinco anos, durante todo o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha, e mais nove meses nessa segunda gestão. Antes de ser diretor-geral da Polícia Civil, foi chefe da delegacia do Núcleo Bandeirante (DF). José Werick Carvalho, então chefe de gabinete dele, foi nomeado para o cargo.

Os casos são no âmbito da Lei Maria da Penha. Depois de uma semana que o caso foi revelado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) se posicionou oficialmente e disse, em nota, que “o referido caso está sendo devidamente apurado pela Corregedoria do órgão, conforme prevê a legislação em vigor”.

O Ministério Público do Distrito Federal também abriu uma investigação contra Cândido. O procedimento está a cargo do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP).

No depoimento, a primeira mulher teria dito que foi ameaçada por Cândido e uma amiga dela pediu ajuda a um policial e a outra amiga para que fosse socorrida à uma Delegacia da Mulher. A outra mulher envolvida no caso, que também denunciou as ameaças, disse que também foi perseguida pelo delegado. Ela entregou vídeos e mensagens à polícia.

As ocorrências foram registradas na noite anterior, um dia antes de o diretor-geral pedir exoneração ao governador Ibaneis Rocha. Cândido justificou que precisava “cuidar de problemas pessoais”. “Ao tomar conhecimento, a Corregedoria avocou as ocorrências e instaurou os procedimentos necessários”, informou a PCDF, na ocasião.

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