Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025

Home Política Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco indica que deixará o PSD para eventual candidatura

Compartilhe esta notícia:

O senador Rodrigo Pacheco afirmou que, caso decida disputar o governo de Minas Gerais em 2026, deixará o PSD. O parlamentar é o nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a sucessão de Romeu Zema (Novo), mas ainda não tomou uma decisão final sobre a pré-candidatura. A expectativa é de que ele resolva a questão até o fim do ano.

“A opção do PSD nacional foi ter uma aderência ao projeto do governo Zema. Isso não me incomoda. É uma opção feita pelo partido. E, óbvio, se minha decisão for continuar na política e ser candidato ao governo, não será pelo PSD”, declarou.

Atualmente, Pacheco divide legenda com o vice-governador Mateus Simões, que deixou o Novo e ingressou no PSD em outubro. Simões é pré-candidato ao Palácio Tiradentes, o que obrigaria Pacheco a disputar a indicação interna caso desejasse concorrer pelo partido.

O senador considera razoável tomar uma decisão ainda em 2025, afirmando que o calendário eleitoral exige definições antecipadas. “O estado precisa ter alternativas de nomes. Os partidos precisam se organizar. Eu acho que é o momento, sim”, disse.

Pacheco foi sondado por MDB, PSB e União Brasil. O MDB, no entanto, lançou a pré-candidatura do ex-vereador Gabriel Azevedo. Já o União integra uma federação com o PP, que negocia apoiar Marcelo Aro para o Senado na chapa de Simões.

Ele afirmou que qualquer mudança partidária será precedida por uma reflexão mais profunda sobre a própria continuidade na vida pública. “Minha reflexão, desde que saí da Presidência do Senado, é sobre a continuidade na política ou não. Se eu disputarei eleições ou não. Essa decisão é mais importante que a questão partidária”, explicou.

Ambição do STF

Embora seja cortejado para a disputa estadual, Pacheco mantém como prioridade a possibilidade de ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga que será aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. O nome favorito do presidente Lula, contudo, é o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Um ministro do STF ouvido pela reportagem afirmou que o tribunal aguarda a decisão de Lula e que o presidente não sinalizou disposição para rever a escolha por Messias. Ainda assim, o magistrado ressaltou que Pacheco permanece como o preferido da maioria da Corte — e lembrou que, “na política, tudo pode mudar”.

Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes já manifestaram publicamente simpatia pelo nome do senador.

Movimentos no PT

A indefinição de Pacheco gera movimentação dentro do PT. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, consultou recentemente a prefeita de Contagem, Marília Campos, sobre a possibilidade de disputar o governo. Marília, contudo, indicou que só entraria na disputa pelo Senado.

Para parte do PT, o perfil mais ao centro de Pacheco o torna o nome mais adequado para liderar a coalizão de Lula em um cenário de crise fiscal no estado. Outra ala defende uma reaproximação com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT) como alternativa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

A Polícia Federal afirma que o ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, recebeu propina de uma das entidades envolvidas
Safra agrícola brasileira deve ser menor em 2026, mas soja pode bater novo recorde
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Pampa na Tarde