Terça-feira, 15 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de julho de 2025
A Polícia Civil gaúcha investiga um político que exerceu cargo de vereador em São Leopoldo (Vale do Sinos) na legislatura de 2021 a 2024, além de sua companheira e de indivíduos que atuaram no gabinete. Eles são suspeitos de envolvimento em esquema de “rachadinha”, quando salários de assessores são parcialmente apropriados, de forma indevida, por um ocupante de cargo superior.
Mandados de busca foram cumpridos nessa terça-feira (14) em endereços ligados ao grupo. Também foram bloqueados, judicialmente, investimentos em criptomoedas, destinados a “lavar” ou ocultar os ganhos indevidos do parlamentar, que não teve seu nome divulgado – sabe-se, porém, que ele concorreu a prefeito na eleição de 2024, sem êxito.
Possivelmente responsável por desvios que chegam a R$ 90 mil em dois anos, o suposto esquema entrou na mira da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) local, que se debruça desde 2023 ao caso, denunciado por um ex-assessor que havia sido obrigado a repassar parte de seus vencimentos ao chefe de gabinete do vereador.
O delator também contou aos investigadores que sua atuação, na prática, se dava meramente como funcionário-fantasma. O único objetivo de sua nomeação era receber o salário e repassá-lo parcialmente ao esquema. A investigação prossegue.
Frederico Westphalen
Na Região Noroeste do Estado, a Justiça Eleitoral condenou por abuso de poder econômico e compra de votos um ex-candidato a prefeito (no pleito de 2024) do município de Frederico Westphalen. Investigação realizada pelo Ministério Público Eleitoral,com o apoio da Polícia Civil, demonstrou que o postulante, que era vice-prefeito municipal na época, realizou ampla distribuição de “vales-combustível” em troca de voto e apoio político.
Somente no dia 5 de outubro, véspera do pleito municipal, teriam sido realizados ao menos 78 abastecimentos em um posto de combustíveis ligado ao candidato, mediante a utilização de 201 “vales”, em um total de 1.407 litros.
Ainda que o candidato não tenha sido eleito, a sentença reconheceu a prática ilícita. O réu está agora inelegível por oito anos e ainda terá que pagar multa R$ 20 mil.
De acordo com o promotor eleitoral Thiago Luís Reinert, responsável pela investigação, “trata-se de decisão paradigmática, que reconhece não apenas o trabalho realizado pelas instituições e órgãos que atuaram para garantir a lisura e a higidez do pleito eleitoral, mas também a necessidade de exemplar punição àqueles que atentam contra os princípios e valores democráticos”.
(Marcello Campos)
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