Sábado, 06 de Setembro de 2025

Home Política Fala do ministro Barroso mudou clima para anistia e filhos de Bolsonaro vão obedecer o pai em 2026, diz o presidente do partido Progressistas, Ciro Nogueira

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O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), atribui a uma declaração do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, o clima propício para deflagração do movimento pela anistia aos condenados do 8 de Janeiro —incluindo Jair Bolsonaro (PL).

Barroso disse na semana passada que não existe anistia antes de julgamento, mas que depois passa a ser uma “questão política”. A fala foi interpretada por bolsonaristas como um aceno. À coluna Mônica Bergamo o ministro negou que tenha defendido a ideia de anistia.

Ciro reconhece, porém, ser difícil reverter a inelegibilidade do ex-presidente. Segundo ele, embora os filhos de Bolsonaro protestem contra aliados que busquem se lançar para 2026, vão apoiar quem o pai indicar. Ele defende que essa escolha ocorra em janeiro e que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o mais credenciado.

Sobre a antecipação do desembarque do governo Lula (PT), Ciro afirma que agora há um projeto vencedor: “A gente está vendo o porto seguro ali (em 2026).”

* Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) falou que vai apresentar um texto alternativo ao PL da Anistia. O sr. sabe que projeto é esse?

Acho que o tema tem que ser discutido. Temos que avaliar na Câmara e no Senado. O mais importante é o momento de ser apresentado.

A fala do presidente Barroso é muito dura, que acha que isso não tem que ser discutido antes de terminar o julgamento. O que eu defendia é que votasse na Câmara antes (do julgamento) e, logo depois, no Senado. Mas vamos fazer o que for mais correto e eu acho que tem que ter esse respeito à fala do presidente Barroso.

A anistia Davi vai ter que ser obrigado a votar, se a maioria quiser.

* O presidente da Câmara, Hugo Motta, antes estava resistente, mas agora admite pautar a anistia. O que mudou?

Pode ter passado a ter clima (favorável). O próprio julgamento, a declaração do presidente Barroso foi muito importante. (A declaração do) Barroso repercutiu muito menos do que deveria repercutir na mídia, me perdoe. Dizer que a anistia é uma decisão política é muito forte.

* Mas estão se fiando só nessa declaração? Há conversas de bastidor?

Lógico que a gente conversa. Brasília é uma conversa constante. Já falei com diversos ministros, não vou citar nomes.

* O sr. consultou Bolsonaro sobre essa articulação?

Ele me deu essa missão de lutar aqui e eu vou cumpri-la.

* Que acordo é esse sobre anistia, o que está sendo conversado?

Não tem acordo. Tem uma luta de uma parte, que acho que é a maioria do Congresso. Porque ninguém tem dúvida que tem maioria para aprovar. Senão não estariam brigando tanto para não aprovar.

Ouvimos que a ideia seria anistia ampla, com Bolsonaro, mas com acordo político para manter a inelegibilidade dele.

Não estamos tratando de inelegibilidade. Ele está inelegível por aquele absurdo daquela reunião de embaixadores. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. É muito difícil você conseguir anistiar ele politicamente, eleitoralmente — que era o certo. Eu tenho um projeto para isso, mas acho muito difícil de acontecer, infelizmente.

* E o ex-presidente está ciente disso?

Está consciente que não vão dar o direito a disputar a eleição.

* Essa articulação não pode ser considerada uma afronta ao STF?

Não, temos todo o respeito ao Supremo. O STF também tem que ter (pelo Congresso). Legislar é uma atribuição nossa. O Supremo, quando toma a decisão, até às vezes contra o Parlamento, é afronta? Não considero.

* O sr. acha que a anistia pode ser aprovada a tempo de Bolsonaro não ir para a cadeia?

Eu espero que seja. Se existe uma pessoa com a saúde debilitada é ele. Sofre o tempo todo com soluço, passando mal, vomitando. Se botarem ele na cadeia, é porque querem matar o Bolsonaro. Eu espero que não exista esse espírito no Supremo, de querer matar o presidente. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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