Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025

Home Brasil “Feminicídio não decola”: governo federal lança campanha para ampliar divulgação de canais de denúncia

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nessa segunda-feira (21) a campanha “Assédio não decola, feminicídio também não”, no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. A iniciativa visa ampliar a divulgação dos canais de denúncia de assédio e violência contra a mulher nos terminais, como o 180, por meio de vídeos e cartazes.

A ação faz parte da segunda fase da campanha “Assédio não decola”, iniciada em maio. Durante o evento, o ministro afirmou que a iniciativa estará presente nos aeroportos, nos aviões e entre os profissionais do setor. Na ocasião, explicou também que a presença da campanha nos aeroportos é importante por serem locais de grande movimentação e por ajudarem a fomentar denúncias.

“Estamos lançando, a partir de hoje, essa grande campanha em defesa das mulheres em nosso país. Essa campanha estará nos nossos aeroportos, nos aviões, nas mãos dos profissionais. Todos os dias, infelizmente, mulheres são vítimas de feminicídio no Brasil. Por isso, decidimos fazer uma ampla campanha de sensibilização da sociedade brasileira, para que toda a população tenha uma atenção especial para essa pauta”, disse o ministro.

Além do Ministério de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho afirmou que todo o governo federal está comprometido com a ação, e que os aeroportos contarão com a fiscalização da Polícia Federal para coibir todo tipo de violência e assédio.

Em um dos vídeos da campanha, é possível ver uma criação feita com inteligência artificial que retrata uma mulher assustada, com o passaporte na mão. “Todo aeroporto promete destinos, mas algumas partidas nunca chegam. Quando o medo ocupa o lugar da esperança, não é viagem, é silêncio”, destaca a narração.

Feminicídios

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015. Ao todo, 1.492 mulheres foram vítimas, um aumento de 0,7% em comparação com o ano anterior. A média é de quatro mortes por dia.

Para a gerente do Programa Mulheres na Aviação, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ana Mota, a iniciativa reforça a importância de utilizar todos os espaços para fortalecer o combate à violência contra as mulheres. Segundo ela, a campanha precisa envolver desde o poder público até os passageiros.

“Porque enfrentar a violência contra a mulher é uma responsabilidade de todos nós. Que essa campanha ajude a salvar vidas, fortaleça redes de apoio e deixe claro que a violência contra a mulher não pode seguir adiante”, afirma.

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