Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

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A atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, teve a “imortalidade” oficializada em cerimônia de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), na noite desta sexta-feira (25). O evento no Petit Trianon, no Centro do Rio, celebra a entrega da Cadeira 17 da Academia à atriz, que sucede o acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco.

Aplaudida de pé ao entrar no salão de solenidades, Fernanda se emocionou ao discursar no púlpito do Petit Trianon.

“Agradeço muito, com meu coração e minha razão, estar sendo aceita por esse elenco que é protagonista referencial da nossa mais alta cultura, que é a ABL”, declarou a atriz.

“Emocionada, tomo posso nesse momento da cadeira número 17, pedindo às senhoras e aos senhores acadêmicos, pela maneira como expressarei, esta minha pulsação de vida que trago comigo neste ato”, continuou Fernanda.

Em novembro do ano passado, Fernanda foi eleita com 32 votos para integrar o grupo de “imortais”, significando um estreitamento dos laços da Academia com as artes cênicas.

“Como prólogo desta minha fala, devo esclarecer que sou uma incansável autodidata, cuja origem intelectual, emocional sempre me chegou e ainda me conduz através da vivência inarredável de um ofício: atriz. Sou atriz. Veio dessa mítica, mística arte arcaica, eterna, que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira, do palco brasileiro a ser recebida nessa casa”, ressaltou.

A atriz é autora do livro “Prólogo, Ato e Epílogo”, uma autobiografia escrita por Fernanda, reconhecidamente um dos grandes ícones da cultura brasileira.

Fernanda é a primeira mulher a ocupar a Cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras. Antes, o posto foi ocupado por Sílvio Romero (fundador da ABL) – que escolheu como patrono Hipólito da Costa –, Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss.

Carreira

Fernanda Montenegro é premiada nacional e internacionalmente pela carreira, além de ser a única brasileira já indicada ao Oscar de Melhor Atriz pela atuação em Central do Brasil (1998), de Walter Salles.

A atriz já foi premiada no Emmy Internacional, no Festival de Berlim e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Fernanda também foi e é destaque em clássicos da Rede Globo como Doce de Mãe, Belíssima, Guerra dos Sexos, A Dona do Pedaço, entre outros.

Vida e obra

Fernanda Montenegro nasceu em 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro. A primeira experiência dela no teatro foi aos 8 anos, numa peça da igreja. Em 1950, estreou profissionalmente nos palcos ao lado do marido Fernando Torres, no espetáculo “3.200 Metros de Altitude”, de Julian Luchaire.

Em dois anos na Tupi, participou de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. No período, foi vencedora do prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1952, por seu trabalho em Está Lá Fora um Inspetor, de J.B. Priestley, e Loucuras do Imperador, de Paulo Magalhães.

A atriz fundou a companhia Teatro dos Sete junto de outros importantes nomes da cena teatral brasileira. Na televisão, estreou em 1963, na TV Rio, com as novelas Amor Não é Amor e A Morta sem Espelho, ambas de Nelson Rodrigues. Passou, também, pela TV Globo e a TV Excelsior. Além de novelas, atuou em minisséries, com destaque para O Auto da Compadecida (1999).

Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”.

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