Terça-feira, 07 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de outubro de 2025
Zelda Williams, filha do lendário ator Robin Williams, fez um apelo contundente nas redes sociais contra o uso de inteligência artificial para recriar a imagem e a voz de seu pai. Em uma série de publicações, a diretora de Lisa Frankenstein expressou indignação com os vídeos que vêm sendo enviados a ela por fãs e usuários da internet.
“Por favor, parem de me mandar vídeos de IA do meu pai. Parem de achar que quero ver isso ou que vou entender; não quero e não vou”, escreveu Zelda em seus stories no Instagram. Ela classificou o conteúdo como “nojento”, “estúpido” e uma “perda de tempo e energia”, afirmando que Robin Williams jamais aprovaria esse tipo de recriação digital.
Zelda comparou os vídeos gerados por IA a “cachorros-quentes ultraprocessados” feitos a partir da vida de seres humanos, da história da arte e da música. Para ela, essas recriações não são arte, mas sim distorções vazias que reduzem legados reais a produtos virais para consumo rápido nas redes sociais.
A diretora também criticou a ideia de que a inteligência artificial representa o futuro da indústria do entretenimento. “A IA está apenas reciclando e regurgitando mal o passado para ser consumido de novo. Vocês estão consumindo o centopeia humana do conteúdo e estão bem no fim da fila”, escreveu, em uma metáfora provocativa sobre o impacto da tecnologia na cultura.
Robin Williams faleceu em 2014, aos 63 anos, e deixou uma marca profunda no cinema com obras como Sociedade dos Poetas Mortos, Uma Babá Quase Perfeita e Gênio Indomável. Zelda, filha única do ator com a produtora Marsha Garces, tem se posicionado publicamente contra o uso de IA para recriar artistas falecidos, especialmente quando isso envolve sua família.