Sábado, 26 de Julho de 2025

Home Mundo Finalizado o acordo: Japão vai adquirir 8 bilhões de dólares em bens dos EUA, além de 100 aviões da Boeing

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O Japão se comprometeu a comprar 100 aviões da Boeing, adquirir US$ 8 bilhões em produtos agrícolas e outros bens, e aumentar a aquisição de equipamentos de defesa de empresas americanas em cerca de US$ 3 bilhões (atingindo o total de US$ 17 bilhões), como parte do acordo fechado com os Estados Unidos, informou a Casa Branca na última quarta-feira (23). O país asiático também prometeu aumentar em 75% as importações de arroz dos EUA.

Em uma série de publicações nas redes sociais, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que reduziria tarifas se isso significasse melhor acesso para empresas americanas a mercados estrangeiros. “Abrirei mão de aspectos tarifários se conseguir que grandes países ABRAM SEUS MERCADOS PARA OS EUA. Outro grande poder das tarifas”, escreveu ele em sua rede social.

Sobre o acordo com o Japão, Trump afirmou que o país estava abrindo seu mercado aos EUA “pela primeira vez na história”, inclusive para exportações americanas como carros, utilitários esportivos (SUVs), caminhões e produtos agrícolas.

Não está claro quanto de acesso efetivo ao mercado o acordo realmente oferece aos EUA. O Japão já não impõe tarifas sobre veículos de passeio importados. O enviado comercial japonês Ryosei Akazawa disse a repórteres na noite desta segunda que o Japão eliminará exigências de inspeções de segurança adicionais para montadoras americanas confiáveis.

Sobre o arroz, Akazawa destacou que o Japão manterá sua cota de importação isenta de tarifas em 770.000 toneladas métricas, mas aumentará a participação do arroz americano dentro desse limite. O Japão aplica uma taxa de 341 ienes (US$ 2,33) por quilo sobre importações de arroz fora da cota governamental.

Anteriormente, o Japão já havia sinalizado uma maior compra de produtos agrícolas americanos como soja e milho como parte do acordo.

Como parte do acordo, as tarifas dos EUA sobre automóveis fabricados no Japão cairão de 27,5% para 15%, sem limite na quantidade de carros que poderão ser importados com a nova alíquota.

David Boling, diretor para Japão e comércio asiático na consultoria de risco político Eurasia Group, disse que a concessão de Trump sobre essas tarifas foi uma surpresa. Grandes produtores de automóveis como Coreia do Sul e Alemanha provavelmente vão querer um acordo semelhante, afirmou ele.

“Tenho certeza de que os funcionários do governo em Seul estão virando a noite hoje, estudando o acordo”, disse Boling. “Os coreanos vão consultar seus contatos no governo japonês e fazer tudo o que puderem para entender melhor os termos.”

Ainda assim, Boling previu que Trump pode recusar essas exigências. O presidente pode argumentar que o Japão é uma exceção por fabricar 3,3 milhões de carros nos EUA e ter se comprometido com US$ 550 bilhões em investimentos no país — algo difícil de igualar, segundo Boling.

O acordo com o Japão também levou representantes de outros países, como as Filipinas, a refletirem sobre seus próprios acordos com o governo Trump. “O Japão conseguiu um desconto muito maior.” (Com informações do Valor Econômico)

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