Segunda-feira, 17 de Novembro de 2025

Home Política Flávio e Eduardo Bolsonaro viajam para El Salvador

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajaram nessa segunda-feira (17) para El Salvador. Mas eles não vão se encontrar com o presidente Nayib Bukele, o extremista que se tornou símbolo da extrema direita na América Central.

No Brasil, o líder salvadorenho tem sido citado por bolsonaristas como referência no enfrentamento ao crime organizado.

A audiência de Flávio, ao lado do irmão Eduardo, que viaja a partir dos Estados Unidos, será com o Ministro da Justiça e Segurança Pública de El Salvador desde 2021, Héctor Gustavo Villatoro Funes, que tem recebido os políticos brasileiros de direita que desde o ano passado têm visitado o país para discutir o tema segurança pública.

O encontro dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorre em meio ao avanço de pautas de segurança pública no Congresso. Nesta terça-feira (18), a Câmara deve votar o chamado PL Antifacção. A Casa também discute a PEC da Segurança.

A área de segurança é hoje uma bandeira central da direita e deve ser um dos temas mais relevantes da disputa presidencial de 2026.

Presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, Flávio apresentou o requerimento da viagem ao colegiado no dia 4 deste mês.

No pedido, o senador afirma que o objetivo é promover intercâmbio de experiências e informações sobre políticas de segurança pública, sistema penitenciário e legislação penal. Os detalhes da agenda em El Salvador ainda não foram confirmados.

Flávio também integra a CPI do Crime Organizado, instalada após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

Eduardo, que vive nos Estados Unidos desde março, embarca para El Salvador dias depois de virar réu sob acusação de articular sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras junto ao governo americano. Segundo a denúncia, objetivo seria interferir no julgamento do pai, Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar tentativa de golpe de Estado.

Na última sexta-feira (14), a Primeira Turma do STF formou maioria para aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Eduardo. Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes. Ainda falta o voto da ministra Cármen Lúcia.

A visita também ocorre em meio à expectativa dentro do campo bolsonarista de que a experiência salvadorenha seja usada como argumento político no debate sobre endurecimento penal no Brasil.

 

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