Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de dezembro de 2025
Indicado por Jair Bolsonaro para sucedê-lo nas urnas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem os mesmos 60% de rejeição do que o pai. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nessa terça-feira (16), esse é o porcentual de entrevistados que afirmaram que conhecem Flávio, mas não votariam nele.
O índice é maior que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 54%, e também o registrado pelo ex-ministro Ciro Gomes (PSDB), 56%; pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 47%; pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), 40%; pelo governador do Paraná, Ratinho Jr., 39%; e pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), 35%.
A Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 11 e 14 de dezembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
A pesquisa também mostra que Flávio leva vantagem sobre todos os outros presidenciáveis de direita no primeiro turno, mas tem desempenho similar a Tarcísio e a Ratinho.
O levantamento aponta também que a maioria dos eleitores considera que Bolsonaro errou ao escolher Flávio como seu sucessor nas urnas. A preferida, de acordo os entrevistados, era a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Viagens
Também nessa terça, Flávio afirmou que vai procurar interlocutores da direita em países como Israel, Estados Unidos e em nações latino-americanas para mostrar “unidade”.
“Temos que buscar inspiração em Israel, nos próprios Estados Unidos. Pretendo fazer essa rodada, talvez no fim de janeiro, começo de fevereiro, para buscarmos essa unidade internacional que é muito importante”, declarou em entrevista ao canal do YouTube da Revista Oeste.
Flávio disse que o governo de Javier Milei, na Argentina, é uma “inspiração”. “Não tem como dizer que o Milei não é inspirador para a gente aqui. Pegou a Argentina no cenário de terra arrasada, inflação altíssima, desemprego e criminalidade altos. Em quatro anos, comunicando as medidas tomadas, explicando que seriam medidas duras, após começarem a se concretizar, o povo argentino veria os avanços que aconteceriam”, falou.
O senador também afirmou estar “empolgado” com o futuro governo de José Antonio Kast, presidente eleito do Chile. “Óbvio que empolga o que está acontecendo no Chile, com o presidente eleito (Antonio) Kast, que é uma pessoa que sempre participou dessas conversas a nível internacional, com o próprio Eduardo Bolsonaro”, disse.
Perguntado sobre eventuais resistências do mercado financeiro a seu nome, Flávio respondeu: “Sei que estavam comprados, precificados com Tarcísio de Freitas. Na cabeça deles, Tarcísio era o candidato mais indicado para derrotar o Lula… O mercado financeiro chegará à conclusão de que é importante remarmos juntos para evitar que o Brasil pule de um precipício sem paraquedas”. (Com informações de O Estado de S. Paulo)