Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025

Home em foco FMI adia prazo para pagamento da dívida argentina; Lula e mais cinco presidentes latino-americanos assinaram carta a Joe Biden pedindo apoio ao país junto ao fundo

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A Argentina ganhou fôlego por uma semana para quitar a parcela da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceria nesta sexta-feira (23). O novo prazo para quitação do compromisso é dia 30 de junho.

Pelo acordo firmado com o FMI, os hermanos teriam de pagar agora US$ 2,7 bilhões. O governo em Buenos Aires solicitou ao Fundo o adiamento, em carta enviada à direção da instituição. O documento recebeu assinaturas dos presidentes da Colômbia, Bolívia, do Chile, do México, Paraguai e Brasil. A Argentina também busca o apoio do presidente americano, Joe Biden, por uma intercessão junto ao FMI em busca de solução para a crise da dívida. ]

Os países pedem a revisão dos termos de um empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 210 bilhões), segundo a chancelaria argentina.

Motivos

O país sul-americano, um inadimplente em série que vem lutando há anos com a inflação e crises cambiais, fechou um acordo de empréstimo de 57 bilhões de dólares com o FMI em 2018, que fracassou e foi substituído no ano passado por um novo programa de 44 bilhões de dólares.

Mas com reservas internacionais negativas e atingida por uma grande seca que afundou as principais colheitas de soja e milho, a Argentina corre o risco novamente de não pagar vencimentos da dívida, com 2,7 bilhões de dólares devidos ao Fundo somente neste mês.

De acordo com os argumentos do país vizinho, a economia encontra-se em estágio de excesso de dívida: a justificativa seria o crédito ao redor de US$ 47 bilhões recebido pelo antigo governo, encabeçado por Maurício Macri, e que teria sido superestimado em 1.000%. A Casa Rosada – sede do governo argentino – diz ainda que o país tem se empenhado em encontrar soluções para os graves problemas nacionais.

A Argentina é dona da segunda maior economia do continente sulamericano, e vive a pior crise econômica desde 2018: tem uma das maiores taxas de inflação do mundo, e um déficit comercial de US$ 1,2 bilhão. É um cenário que o próprio Fundo classifica como “desafiador”.

O país é ainda o maior exportador mundial de soja processada e a terceira maior exportadora de milho do mundo. Também é fornecedora de carne bovina e trigo. Os itens agropecuários corresponderam a 38% das exportações do país no ano passado.

Compromissos

Em meio a negociações com o FMI que vem desde março deste ano, o país firmou os seguintes compromissos:

Deficit fiscal primário de 1,9% do PIB em 2023 por meio de controle de gastos;
Taxas de juros reais positivas;
Gestão da dívida interna.

 

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