Sábado, 04 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de novembro de 2022
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou apoio à proposta do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para organizar na Amazônia a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima de 2025.
“Gostaria muito de ter uma COP na Amazônia, assim apoio plenamente esta iniciativa do presidente Lula”, afirmou durante uma viagem a Bangcoc para a reunião de cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). “Apoio a volta do Brasil a uma estratégia amazônica. Nós precisamos”, acrescentou.
O petista, que assumirá a presidência do Brasil em janeiro de 2023, expressou na quarta-feira, 16, o desejo de organizar a COP-30 na Amazônia, uma região essencial para o equilíbrio do clima e da biodiversidade mundial.
Lula desembarcou nesta semana na cidade egípcia de Sharm el Sheilh para participar da COP-27. O Brasil havia sido escolhido para sediar a COP em 2019, mas desistiu após a eleição de Jair Bolsonaro como presidente no fim de 2018.
“A França é uma potência do Indo-Pacífico e uma potência amazônica. A maior fronteira externa da França e da Europa é a fronteira da nossa Guiana com o Brasil”, lembrou Macron.
A recente vitória de Lula parece abrir caminho para uma aproximação entre Paris e Brasília. As relações de Macron com Bolsonaro foram muito ruins.
A França considera o Brasil um “sócio essencial na América Latina”, afirmou na terça a secretária de Estado para a Europa, Laurence Boone, ao anunciar uma nova estratégia para os próximos meses.
COP-27
As negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em Sharm el-Sheik, no Egito, trabalham para pressionar por um acordo substancial para combater as mudanças climáticas antes de os ministros chegarem, nesta semana.
Cientistas dizem que a quantidade de gases de efeito estufa despejados da atmosfera precisa ser reduzida pela metade até 2030 para cumprir as metas do acordo climático de Paris. O pacto de 2015 estabeleceu uma meta ideal de limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5°C até o fim do século, mas deixou para os países decidirem como querem fazer para alcançar essa meta.
Com os impactos das mudanças climáticas, já sentidos em todo o mundo, as pressões para que os países ricos mais poluentes gastem mais dinheiro para ajudar os países em desenvolvimento a gerar energia limpa e se adaptar às consequências do aquecimento global tem aumentado.
Cada vez mais, os protestantes estão apelando para que haja uma indenização para que os países ricos paguem pelas perdas relacionadas ao aquecimento global. A China é de longe o país mais poluente do mundo atualmente, mas os EUA ganha como emissor de poluição histórico ao longo do tempo.