Quarta-feira, 16 de Julho de 2025

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Frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção de carne destinada aos Estados Unidos após Trump anunciar tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros. A informação foi confirmada pelo governo do Estado e pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sincadems). A produção nacional segue normalizada.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Alberto Sérgio Capucci, a paralisação apenas para o mercado norte-americano é uma medida logística para evitar o acúmulo de estoques de carne que não seriam vendidos. Com a nova taxação, as exportações para os EUA ficaram inviáveis financeiramente, se não houver negociação.

Pelo menos quatro frigoríficos no Estado interromperam a produção voltada ao mercado americano, segundo o sindicato. São eles: JBS, Naturafrig, Minerva Foods e Agroindustrial Iguatemi.

Apenas o frigorífico Naturafrig se pronunciou sobre a paralisação. Segundo a empresa, cerca de 5% da produção é destinada aos Estados Unidos.

A Associação Brasileira de Exportadores de Carne (Abiec) informou que houve uma redução significativa no fluxo de produção da carne voltada ao mercado norte-americano.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, informou que os frigoríficos suspenderam os abates de animais destinados à produção de carne para os Estados Unidos. Além da paralisação, o acúmulo de carne estocada preocupa empresários e o governo.

Paralisação é estratégica

Capucci explica que a suspensão das atividades neste momento é estratégica. Isso porque os embarques levam cerca de 30 dias para chegarem ao mercado americano. Como a nova tarifa começa a valer a partir de 1º de agosto, cargas enviadas agora já seriam taxadas com o adicional.

Em 2025, a carne bovina desossada e congelada foi o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul aos Estados Unidos, somando 45,2% do total e movimentando mais de US$ 142 milhões, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado (FIEMS).

No ano anterior, em 2024, esse tipo de carne ficou em segundo lugar nas exportações do estado para os EUA, com 27,8% e cerca de US$ 78 milhões.

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