Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025

Home em foco Funcionários das três maiores montadoras de carros dos Estados Unidos entram em greve

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Trabalhadores de três das maiores fábricas de veículos dos Estados Unidos iniciaram uma greve durante a madrugada dessa sexta-feira (15). A paralisação atinge fábricas da General Motors, Ford e Stellantis – que, juntas, respondem pela produção de mais da metade dos cerca de 15 milhões de veículos vendidos no país anualmente.

Essa é a primeira vez nos 88 anos de história do United Auto Workers (UAW, sindicato dos trabalhadores de montadoras) em que ocorre uma paralisação simultânea.

Ao todo, a greve envolve cerca de 12,7 mil trabalhadores, de um total de cerca de 146 mil trabalhadores fabris em todo o país, segundo o jornal The Wall Street Journal.

O sindicato que representa a categoria afirmou que a paralisação deve interromper a produção de 24 mil veículos por semana. Mas, as companhias também possuem veículos prontos em estoque, o que poderia manter as vendas ativas, mesmo com a redução na receita.

Em contrapartida, se o movimento se tornar uma greve geral nas montadoras americanas, isso poderia causar uma perda de até US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) nos lucros de cada empresa por semana, segundo levantamento do Deutsche Bank.

O presidente do sindicato, Shawn Fain, disse em uma live no Facebook aos sindicalistas que, caso as negociações com as montadoras não avancem, outras fábricas também devem enfrentar paralisações.

Causa

A greve foi resultado de uma demanda sindical por uma parcela maior no pagamento de lucros gerados pela venda de caminhões, além de maior segurança nos empregos. A mídia americana informa que os trabalhadores e as empresas discutiram sobre as condições desejadas até tarde da noite, mas não chegaram a um acordo.

De acordo com a Reuters, o sindicato pediu um aumento de 40%, enquanto as montadoras ofereceram um reajuste de até 20%. No entanto, a contraproposta das empresas não incluía os principais benefícios exigidos pela categoria.

A Ford disse que as propostas do sindicato duplicariam os custos trabalhistas nos Estados Unidos. Já a Stellantis, que controla a Chrysler, afirmou que vai tomar decisões estruturais para proteger a empresa.

A GM afirmou que estava desapontada com a paralisação, mas que deseja continuar as negociações.

Atualmente, a indústria de carros dos Estados Unidos faz uma transição para focar na produção de veículos elétricos. No entanto, existe o receio por parte da categoria de que isso provoque demissões na produção de itens automobilísticos voltados para carros à combustão.

Com o governo dos EUA investindo bilhões em incentivos para a produção de carros elétricos, o impasse também se tornou uma questão política. O sindicato, por exemplo, não apoia a reeleição de Joe Biden.

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