Domingo, 11 de Maio de 2025

Home Variedades Fundador da Microsoft, Bill Gates promete doar mais de 1 trilhão de reais nos próximos 20 anos

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Bill Gates prometeu  doar 99% sua fortuna pessoal, estimada em US$ 108 bilhões, cerca de R$ 615 bilhões, nos próximos 20 anos para a sua fundação de ajuda aos mais pobres, a Gates Foundation. O bilionário também disse que, com sua fortuna e outras doações do fundo mantido pela fundação, os mais pobres do mundo receberão cerca de US$ 200 bilhões, cerca de R$ 1,1 trilhão, até 2045.

O anúncio é feito num momento em que governos ao redor do mundo estão reduzindo a ajuda internacional, o que Gates chamou de “trágico”. Segundo o bilionário, esses cortes podem contribuir para um novo período de alta no número de mortes de crianças pelo mundo, depois de anos de queda em razão de investimentos em saúde, sobretudo.

“Meu sonho é que, quando as pessoas leiam a palavra ‘malária’, elas se perguntem o que era isso”, afirmou Gates em um evento de celebração dos 25 anos de sua fundação, falando sobre a razão de doar a alta quantia de dinheiro.
Gates também criticou Elon Musk, homem mais rico do mundo, que comanda o órgão do governo americano responsável por cortar custos, como os programas de ajudas humanitárias.

“A imagem do homem mais rico do mundo matando as crianças mais pobres do mundo não é bonita”, disse o bilionário em entrevista ao Financial Times. Questionado se havia apelado a Musk recentemente para mudar de rumo, Gates disse que agora cabe ao Congresso decidir sobre o futuro dos gastos com ajuda humanitária dos EUA.

No evento desta quinta, Gates afirmou que é “um grande admirados de muitas coisas que Elon faz”, mas considera que o bilionário “não esteve em campo e conheceu esses funcionários da USAID (agência americana de ajuda humanitária que é uma das maiores do mundo) como eu”.

O fundador da Microsoft, no entanto, ponderou que a decisão sobre os cortes na USAID não cabe a Musk, mas sim ao Congresso dos EUA.

O bilionário de 69 anos afirmou que está acelerando os planos para se desfazer de sua fortuna e encerrar a Fundação Gates em 31 de dezembro de 2045.

“As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, escreveu Gates em uma postagem em seu site.

“Existem problemas urgentes demais para eu manter recursos que poderiam ser usados para ajudar outras pessoas.”

Em uma crítica implícita ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela redução da ajuda externa por parte dos Estados Unidos — maior doador do mundo —, a declaração de Gates disse que ele quer ajudar a evitar que recém-nascidos, crianças e mães morram de causas evitáveis, erradicar doenças como poliomielite, malária e sarampo, e reduzir a pobreza.

“Não está claro se os países mais ricos do mundo continuarão a apoiar os mais pobres”, acrescentou, destacando cortes de doadores importantes como Reino Unido e França.
Gates disse que, apesar da grande capacidade financeira da fundação, o progresso não seria possível sem o apoio dos governos.

Ele elogiou a resposta de países africanos aos cortes na ajuda, onde alguns governos remanejaram seus orçamentos, mas disse que, por exemplo, a poliomielite não será erradicada sem financiamento dos EUA.

Gates fez o anúncio no 25º aniversário da fundação, criada com sua então esposa Melinda French Gates em 2000, e posteriormente com a adesão do investidor Warren Buffett.

“Eu percorri um longo caminho desde que era apenas um garoto iniciando uma empresa de software com meu amigo da escola”, disse ele.

Fundação já doou US$ 100 bilhões

Desde a sua criação, a fundação já doou 100 bilhões de dólares, ajudando a salvar milhões de vidas e apoiando iniciativas como o grupo de vacinas Gavi e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária.

Ela será encerrada após gastar cerca de 99% da fortuna pessoal de Gates, segundo ele. Os fundadores esperavam originalmente que a fundação fosse encerrada décadas após suas mortes.

Gates, que atualmente possui um patrimônio estimado em cerca de 108 bilhões de dólares, espera que a fundação gaste cerca de 200 bilhões até 2045, sendo o valor final dependente dos mercados e da inflação.

A fundação já é um dos principais atores na saúde global, com um orçamento anual que chegará a 9 bilhões de dólares até 2026.

A organização enfrentou críticas por seu enorme poder e influência na área, sem a devida prestação de contas, inclusive na Organização Mundial da Saúde (OMS).

O próprio Gates também foi alvo de teorias da conspiração, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Gates também conversou com o presidente Donald Trump várias vezes nos últimos meses sobre a importância de continuar investindo em saúde global.

“Espero que outras pessoas ricas considerem o quanto poderiam acelerar o progresso para os mais pobres do mundo se aumentassem o ritmo e a escala de suas doações, porque é uma maneira profundamente impactante de retribuir à sociedade”, escreveu Gates.

 

 

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Bill Gates prometeu  doar 99% sua fortuna pessoal, estimada em US$ 108 bilhões, cerca de R$ 615 bilhões, nos próximos 20 anos para a sua fundação de ajuda aos mais pobres, a Gates Foundation. O bilionário também disse que, com sua fortuna e outras doações do fundo mantido pela fundação, os mais pobres do mundo receberão cerca de US$ 200 bilhões, cerca de R$ 1,1 trilhão, até 2045.

O anúncio é feito num momento em que governos ao redor do mundo estão reduzindo a ajuda internacional, o que Gates chamou de “trágico”. Segundo o bilionário, esses cortes podem contribuir para um novo período de alta no número de mortes de crianças pelo mundo, depois de anos de queda em razão de investimentos em saúde, sobretudo.

“Meu sonho é que, quando as pessoas leiam a palavra ‘malária’, elas se perguntem o que era isso”, afirmou Gates em um evento de celebração dos 25 anos de sua fundação, falando sobre a razão de doar a alta quantia de dinheiro.
Gates também criticou Elon Musk, homem mais rico do mundo, que comanda o órgão do governo americano responsável por cortar custos, como os programas de ajudas humanitárias.

“A imagem do homem mais rico do mundo matando as crianças mais pobres do mundo não é bonita”, disse o bilionário em entrevista ao Financial Times. Questionado se havia apelado a Musk recentemente para mudar de rumo, Gates disse que agora cabe ao Congresso decidir sobre o futuro dos gastos com ajuda humanitária dos EUA.

No evento desta quinta, Gates afirmou que é “um grande admirados de muitas coisas que Elon faz”, mas considera que o bilionário “não esteve em campo e conheceu esses funcionários da USAID (agência americana de ajuda humanitária que é uma das maiores do mundo) como eu”.

O fundador da Microsoft, no entanto, ponderou que a decisão sobre os cortes na USAID não cabe a Musk, mas sim ao Congresso dos EUA.

O bilionário de 69 anos afirmou que está acelerando os planos para se desfazer de sua fortuna e encerrar a Fundação Gates em 31 de dezembro de 2045.

“As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, escreveu Gates em uma postagem em seu site.

“Existem problemas urgentes demais para eu manter recursos que poderiam ser usados para ajudar outras pessoas.”

Em uma crítica implícita ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela redução da ajuda externa por parte dos Estados Unidos — maior doador do mundo —, a declaração de Gates disse que ele quer ajudar a evitar que recém-nascidos, crianças e mães morram de causas evitáveis, erradicar doenças como poliomielite, malária e sarampo, e reduzir a pobreza.

“Não está claro se os países mais ricos do mundo continuarão a apoiar os mais pobres”, acrescentou, destacando cortes de doadores importantes como Reino Unido e França.
Gates disse que, apesar da grande capacidade financeira da fundação, o progresso não seria possível sem o apoio dos governos.

Ele elogiou a resposta de países africanos aos cortes na ajuda, onde alguns governos remanejaram seus orçamentos, mas disse que, por exemplo, a poliomielite não será erradicada sem financiamento dos EUA.

Gates fez o anúncio no 25º aniversário da fundação, criada com sua então esposa Melinda French Gates em 2000, e posteriormente com a adesão do investidor Warren Buffett.

“Eu percorri um longo caminho desde que era apenas um garoto iniciando uma empresa de software com meu amigo da escola”, disse ele.

Fundação já doou US$ 100 bilhões

Desde a sua criação, a fundação já doou 100 bilhões de dólares, ajudando a salvar milhões de vidas e apoiando iniciativas como o grupo de vacinas Gavi e o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária.

Ela será encerrada após gastar cerca de 99% da fortuna pessoal de Gates, segundo ele. Os fundadores esperavam originalmente que a fundação fosse encerrada décadas após suas mortes.

Gates, que atualmente possui um patrimônio estimado em cerca de 108 bilhões de dólares, espera que a fundação gaste cerca de 200 bilhões até 2045, sendo o valor final dependente dos mercados e da inflação.

A fundação já é um dos principais atores na saúde global, com um orçamento anual que chegará a 9 bilhões de dólares até 2026.

A organização enfrentou críticas por seu enorme poder e influência na área, sem a devida prestação de contas, inclusive na Organização Mundial da Saúde (OMS).

O próprio Gates também foi alvo de teorias da conspiração, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Gates também conversou com o presidente Donald Trump várias vezes nos últimos meses sobre a importância de continuar investindo em saúde global.

“Espero que outras pessoas ricas considerem o quanto poderiam acelerar o progresso para os mais pobres do mundo se aumentassem o ritmo e a escala de suas doações, porque é uma maneira profundamente impactante de retribuir à sociedade”, escreveu Gates.

 

 

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