Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2025

Home Esporte Futebol argentino vive crise após presidente de clube da primeira divisão ser punido por seis meses

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A Associação de Futebol Argentino (AFA) voltou a ser alvo de críticas e polêmicas após anunciar uma sanção sem precedentes contra o Estudiantes de La Plata. O clube foi punido com a suspensão do seu presidente, Juan Sebastián Verón, por seis meses, e de seus jogadores por dois jogos, após o abandono da partida contra o Rosario Central.

A decisão gerou uma onda de condenações, memes e debates nas redes sociais, colocando novamente a gestão de Claudio “Chiqui” Tapia sob pressão.

Apesar das críticas, Tapia recebeu apoio de clubes de Córdoba, que se manifestaram em defesa do presidente da AFA. Para muitos, o episódio confirma que o dirigente atravessa um dos períodos mais tensos desde que assumiu o comando da entidade.

O título inédito do Rosario Central, reconhecido como “Campeão Anual” por acumular o maior número de pontos nos torneios Apertura e Clausura, foi o estopim da controvérsia que envolveu diretamente o Estudiantes.

O interesse dos argentinos pela figura de Tapia e seu círculo íntimo cresceu nas últimas semanas. Dados do Google Trends mostram aumento nas buscas relacionadas ao presidente da AFA, reflexo da repercussão das punições e das disputas internas.

Nascido em San Juan, em 1967, Tapia chegou a Buenos Aires em busca de oportunidades e iniciou sua trajetória como varredor de ruas e motorista da empresa Manliba, ligada ao Grupo Macri.

Sua entrada no Sindicato dos Caminhoneiros, sob influência de Hugo Moyano, foi decisiva para sua ascensão. Casado com Paola Moyano, filha do líder sindical, Tapia construiu uma rede de apoio que o levou ao futebol.

Em 2000, assumiu a presidência do Barracas Central, clube que estava na quarta divisão e endividado. Com recursos e alianças políticas, promoveu uma transformação estrutural e social na instituição. O estádio foi renomeado em sua homenagem, consolidando sua influência.

A morte de Julio Grondona, em 2014, abriu espaço para Tapia avançar. Primeiro, aliou-se a Luis Segura na votação histórica que terminou em 38 a 38. Depois, construiu sua base de poder com o movimento “União das Divisões Inferiores”, garantindo apoio de clubes de Buenos Aires e do interior. Em 2017, foi eleito presidente da AFA e desde então acumulou reeleições e poder raramente contestado.

Embora tenha se fortalecido com conquistas como a Copa do Mundo do Catar, Tapia enfrenta em 2024 e 2025 uma série de controvérsias, incluindo investigações financeiras e disputas públicas com figuras influentes. O episódio mais recente, a suspensão de Verón, intensificou a tensão e reacendeu críticas sobre sua forma de governar.

Até mesmo o presidente argentino Javier Milei voltou a se envolver em conflitos com a AFA, ampliando o debate sobre os rumos da entidade.

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