Domingo, 26 de Outubro de 2025

Home Política Futuro ministro da Justiça diz que a posse de Lula será “segura e em paz”

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O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (27) que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será “segura e em paz”. Dino fez a declaração ao lado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no Palácio do Buriti.

“A posse de Lula será segura e em paz”, afirmou ele, acrescentando que haverá a mobilização integral das forças de segurança do Distrito Federal comandadas por Ibaneis.  “Ou seja, 100% das Polícias do DF, Militar e Civil e Bombeiros para trazer segurança não só ao presidente da República, delegações estrangeiras, mas às pessoas que vão participar do evento.”

As três autoridades se reuniram para discutir a segurança da cerimônia da posse de Lula, que ocorrerá em 1 de janeiro. O encontro ocorre três dias após a prisão de um homem que planejava fazer um atentado com um explosivos próximo ao aeroporto de Brasília.

Detido no último sábado, George Washington de Sousa relatou em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal que o intuito do ataque era provocar as Forças Armadas a decretarem um “estado de sítio” e realizarem uma intervenção militar, o que é inconstitucional.

“Não serão pequenos grupos extremistas que vão emparedar a democracia brasileira. Eles não venceram e não vencerão”, enfatizou Dino.

A prisão de Sousa, que participou de atos golpistas em frente ao quartel do Exército, elevou a preocupação da equipe de Lula e de integrantes do governo do DF em relação ao dia da posse.

O governador Ibaneis classificou a prisão como um “ato terrorista” que “não é normal para a democracia que temos no país”, e prometeu repressão dura contra quem participar de ações semelhantes.

“Realmente existia ali uma mentalidade voltada para o crime. E que fique bem claro a todos que pensarem nisso: a polícia do DF está preparada. São penas bastante altas. É um crime hediondo. Os atos serão tratados como terroristas e assim serão tratados pelo Judiciário”, afirmou Ibaneis.

Dino confirmou que, após o episódio, o roteiro da posse presidencial precisou ser revisto, mas garantiu que ele está mantido em todas as suas etapas.

“A cada situação nova que se coloca é feita uma reanálise. Essa revisão obviamente foi feita. Não há nenhuma alteração no roteiro desde a catedral [de Brasília]. Todo planejamento envolve várias alternativas. E há decisões que são tomadas no momento”, afirmou ele.

Há um debate interno dentro da equipe de Lula se o presidente deveria desfilar pela Esplanada com o carro blindado ou com o veículo aberto, como tradicionalmente é realizado nas posses presidenciais.

Desmobilização pactuada

O futuro ministro da Justiça também declarou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pediu um fim “pactuado” dos acampamentos de golpistas na frente dos quarteis.

“A desmobilização dos acampamentos, quanto mais se der de modo pactuado, de modo, melhor. Essa é o posição do presidente Lula neste momento. É claro que se não houver essas providências, medidas serão tomadas. Mas isso em um segundo momento”, disse ele.

Dino falou ainda em “desocupação voluntária”, mas que, se ela não se concretizar, abrem-se outras possibilidades de uma retirada compulsória.”

Ao lado dele, Múcio adotou um tom diferente ao se referir aos acampamentos antidemocráticos. O futuro ministro da Defesa afirmou que os atos até agora são “pacíficos” e o extremismo é “isolado”.

“Eu peço a Deus para que o acampamento vá se esvaindo, porque o protesto político termina perdendo o sentido. As nossas preocupações são com esse movimento no último sábado”, afirmou ele.

“Enquanto você está lidando com grupos que criticam e querem discutir política, fica no campo político. Mas, na hora que um cidadão coloca uma bomba embaixo de um caminhão de querosene que está entrando em um aeroporto e pode explodir um avião com 200 pessoas, aí nós entramos no campo do terrorismo”, declarou Múcio sobre o plano descoberto e investigado pela Polícia Civil do DF.

No último domingo, Dino chegou a dizer que os acampamentos eram “incubadoras de terroristas”. Junto com dirigentes do PT, ele queria que a desmobilização fosse feita de modo célere antes de 31 de dezembro. Múcio, por sua vez, defende que os manifestantes sejam retirados de forma gradual e sem o uso da força.

Enquanto você está lidando com grupos que criticam e querem discutir política, fica no campo político. Mas, na hora que um cidadão coloca uma bomba embaixo de um caminhão de querosene que está entrando em um aeroporto e pode explodir um avião com 200 pessoas, aí nós entramos no campo do terrorismo.

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