Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025

Home Brasil Ganhos baixos tiram recenseadores do Censo

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a coleta do Censo Demográfico 2022 está atrasada por falta de recenseador. O trabalho de campo terá de se estender pelo menos até dezembro, e o órgão está apurando nas suas unidades estaduais o valor que seria necessário pedir ao governo para completar o levantamento censitário.

O IBGE tem 140.572 recenseadores contratados, mas apenas 95.448 deles produtivos. Embora haja dificuldade no recrutamento em alguns municípios específicos, o instituto reconhece que a retenção desses trabalhadores é um desafio, e a solução passa, fundamentalmente, pela melhora nos salários.

A remuneração segue uma tabela com nove faixas de valores, dependendo do grau de dificuldade do recenseamento. Na faixa 1, o recenseador recebe apenas R$ 0,51 por domicílio visitado em área urbana, valor que pode ser acrescido de bônus conforme a quantidade de moradores ou a extensão do questionário aplicado – se o básico ou o amostral, mais longo. Já a faixa 9, em zona rural, paga R$ 1,33 por domicílio visitado, que também tem o valor acrescido de bônus por pessoa recenseada e tipo de questionário aplicado.

“Nosso maior desafio, hoje, é aumentar o número (de recenseadores) efetivamente trabalhando”, contou Bruno Malheiros, coordenador de Recursos Humanos do IBGE. “A gente está aumentando a taxa de remuneração em diversos setores.”

Além da melhora na taxa de remuneração por questionários, o órgão informou ter elevado o auxílio locomoção. “Acaba funcionando como um bônus”, disse Malheiros.

Recenseadores enfrentaram problemas com o atraso de pagamento de auxílios e a demora no depósito de salários, mas o IBGE diz que essas questões estariam praticamente resolvidas, restando atualmente “situações extremamente pontuais”, segundo Malheiros.

O IBGE decidiu prorrogar a coleta de dados do Censo Demográfico até o início de dezembro. O trabalho de levantamento de informações, que começou em 1º de agosto, estava previsto para se estender apenas até o fim de outubro.

O Censo foi orçado inicialmente pela equipe técnica do IBGE em mais de R$ 3 bilhões para ir a campo em 2020, mas foi reduzido a R$ 2,3 bilhões para ocorrer neste ano, a despeito da inflação acumulada no período.

Até 2 de outubro, foram recenseadas 104.445.750 pessoas, em 36.567.808 domicílios, o equivalente a 49% da população estimada no País. No Censo Demográfico de 2010, a essa altura da coleta 86,9% da população já tinha sido recenseada.

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